23 de julho de 2015 | 13h16
Aliyah, de Elie Wajeman
Homenageado no recente Festival Varilux, o ator Pio Marmai faz judeu que deixa Paris e retorna a Israel não por motivos religiosos, ou motivado pelo pertencimento - a necessidade de retomar as origens. Desligado da tradição e com o pé na marginalidade, ele aceita o convite do primo para montar um restaurante. E agora tem de romper com o mundo velho e ingressar no mundo novo. Muito bem interpretado (por Marmai, Adele Haenel e Cédric Khan), e com boas observações humanas e sociais, um filme que vale ver.
‘Pixels’ traz os personagens dos videogames dos anos 1980 de volta à vida – e eles são vilões
A Forca, de Travis Cluff e Chris Loifing
A publicidade promete - o novo nome do terror é Charlie, que enforca suas vítimas num clima de sadismo e crueldade. E tudo se passa no meio do teatro. Grupo reencena peça que, no passado, foi interrompida pelos assassinatos de todo o elenco. Agora, na remontagem, as mortes voltam a ocorrer. Além do décor do teatro, a dupla de diretores força o tom documentário. Os personagens têm os nomes dos atores, se é que isso significa alguma coisa. O trailer é bem impressionante e promete emoções violentas.
Campo de Jogo, de Eryk Rocha
Filho de Glauber - "Meu pai é pai do cinema brasileiro" -, Eryk pensa o Brasil, seu futebol e o cinema, e concentra tudo isso num campo de várzea, no Rio. Ali perto está o Maracanã, e o letreiro informa que foi cenário da final da Copa do Mundo da Fifa. No campo de Eryk, ocorre outra final - a de um campeonato de comunidades. O jogo vai para os pênaltis. Com música de percussão, e excertos de Villa-Lobos, Wagner e da Callas, o diretor cria um ensaio poético e mostra que se pode fazer épico sem super-heróis, ou com heróis anônimos. Acredite - esse será um dos grandes filmes do ano.
Gerônimo, de Tony Gatlif
Cineasta militante, Gatlif vale-se do mito (Romeu e Julieta) para contar uma história de tensões sociais e culturais na França contemporânea. Uma educadora tenta ajudar jovem casal cujo amor é impossível no quadro das disputas étnicas entre ciganos e turcos. Um filme sem heróis nem vilões e com um olhar acurado para as diferenças.
O Que as Mulheres Querem, de Audrey Dana
A atriz e diretora francesa Audrey Dana fez o que ninguém tinha feito antes. Ouviu mulheres para saber o tipo de personagem que gostariam de ver na tela. Depois, ouviu atrizes para saber o que gostariam de interpretar. Aí, cruzou as informações e escreveu e dirigiu o filme estrelado por Isabelle Adjani, Laetitia Casta, Vanessa Paradis etc. É bem interessante (e divertido). Uma conversa de mulheres, mas os homens se fazem presentes o tempo todo.
Pixels, de Chris Columbus
O trailer prometa um Transformers piorado, com monstros digitalizados invadindo a Terra e, literalmente, devorando tudo à sua frente. Mas o filme é bem divertido, com piadas ótimas disparadas para todo o lado. Políticos, séries de TV, games, blockbusters. Tudo serve como alvo. Começa com garotos que participam de um campeonato de games. Adam Sandler perde - para Peter Dinklage, de Game of Thrones - e vira looser/perdedor, enquanto seu amigo Kevin James se torna presidente dos EUA, com índices de aprovação beirando o zero. Pois agora a salvação do mundo está nas mãos desses guardiões(desastrados) da galáxia'. O filme mistura Gente Grande (a comédia com Sandler e James) e Os Caça-Fantasmas de forma totalmente nonsense.
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