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O mundo pós-apocalíptico volta com a estreia de 'Fear The Walking Dead'

Junto com a 6ª temporada de 'The Walking Dead', filme põe à prova o fôlego do segmento

Foto do author Pedro  Venceslau
Por Pedro Venceslau
Atualização:

Depois de estrear em abril no cardápio da TV fechada brasileira, o canal AMC reforçará neste semestre a safra de séries pós-apocalípticas de 2015 com a estreia, no dia 23, de Fear The Walking Dead. Trata-se de um subproduto da interminável The Walking Dead, cuja 6.ª temporada começa em 11/10 nos EUA (e no dia seguinte no Brasil e outros 125 países pela FOX).

Antes mesmo da estreia, os produtores de Fear já anunciaram que em 2016 a atração será renovada e terá 15 episódios. Já a sinopse, sinaliza que ela será mais interessante que a versão original. Enquanto Walking anda em círculos, sua derivada aponta um caminho instigante ao abordar o início do apocalipse dos mortos-vivos “pela lente de uma família problemática”.

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O cenário será Los Angeles, onde surgem os primeiros sintomas do surto, que mais tarde devastaria o mundo. A pergunta que fica no ar: será que a história terá fôlego para sustentar duas séries simultâneas? Falar sobre Walking Dead é sempre arriscado. Seus seguidores são leais, mas a impressão que ficou, depois do final da 5.ª temporada, é que ela caiu na rotina. Não há mistério que se sustente durante tanto tempo. Mas nem só de Walking Dead vive o fim do mundo. Entre as opções para quem gosta de acompanhar o apocalipse e/ou seus desdobramentos, a mais comentada do ano foi Wayward Pines, do badalado cineasta M. Night Shyamalan, de O Sexto Sentido (1999) e A Vila (2004).

Quando a Fox exibiu, em maio, o primeiro episódio, o entusiasmo tomou conta dos críticos. Alguns se apressaram em classificar a atração como “o novo Lost, enquanto outros enxergaram elementos de Twin Peaks. No papel do agente do serviço secreto Ethan Burke, o bom e velho Matt Dillon é encarregado de investigar o desaparecimento de dois colegas na idílica Wayward Pines, uma cidade misteriosa perdida no meio do Estado de Idaho. As pessoas são felizes demais, o canto dos grilos sai de um artefato sonoro instalado entre arbustos, o dinheiro local é escandalosamente falsificado e o contato com o mundo exterior é inviável.

Do 5.º episódio em diante, porém, a história se distancia dos dois clássicos e se insere no subgênero pós-apocalíptico.  Em 2015 também temos a 2.ª temporada de The Last Ship. A primeira apresentou uma grande catástrofe mundial: uma epidemia que matou 80% do planeta. Por sua localização durante o surto, a tripulação de um navio de guerra da marinha sobrevive à tragédia e tenta encontrar uma maneira de salvar a humanidade da extinção. Infelizmente, o mistério acabou cedo demais e sobrou pouco a se explorar na 2.ª temporada.

Há também no cardápio “fim do mundo” a série Under The Dome. Adaptada da obra de Stephen King, a série, na 3.ª temporada, se passa numa cidade que inexplicavelmente se vê presa sob uma redoma enorme e transparente. A história parece promissora, mas esbarra em uma produção que falha ao deixar em segundo plano o que acontece do lado de fora da bolha. 

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