O mito de Che Guevara revive no cinema

Filmes enfocam dois momentos da vida do líder revolucionário: Os Diários da Motocicleta mostra o jovem Ernesto Guevara passeando pela América; Camisa Blanca vê sua última empreitada guerrilheira

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Por Agencia Estado
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O guerrilheiro argentino Ernesto Guevara, o Che, figura icônica da esquerda latino-americana, chega com força aos cinemas. Enquanto o jovem mexicano Gael García Bernal, de Amores Perros e E Sua Mãe também, encarna o Che de Walter Salles, em Os Diários da Motocicleta, o portorriquenho Benicio del Toro, Oscar de ator coadjuvante por Traffic, é confirmado no elenco de (título provisório) Camisa Blanca, de Terrence Malick. O filme de Malick, o mesmo de Cinzas no Paraíso, será todo rodado na Bolívia, em 2004, ao custo de US$ 50 milhões. É a primeira superprodução filmada no País. Benicio viverá o Che adulto, já um mito. O filme vai se concentrar na derradeira empresa de Che, a malsucedida guerrilha na selva boliviana, onde seria capturado e executado pelo exército do país, aos 39 anos. Com Camisa Blanca, Malick volta à Bolívia 37 anos após seguir os passos do próprio Che, como jornalista correspondente. A morte do líder guerrilheiro impressionou de tal forma o jovem Malick, então com 24 anos, que ele mal pôde cumprir o pedido da revista Teh New Yorker, que havia encomendado um perfil de Che. Já Bernal viverá o jovem Che, estudante de medicina. Com Os Diários da Motocicleta, o diretor brasileiro focaliza sua viagem pela América Latina, ao lado do amigo Alberto Granado (papel de Rodrigo de la Serna, parente de Che). De moto, como indica o título, os dois argentinos viajaram toda a Améria hispânica. O próprio Che não deixou muitos registros da viagem, e o filme é baseado nas memórias do amigo, reunidas no livro Primeiras Viagens. A estréia está prevista para novembro, na Argentina.

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