Quando esteve no Brasil este mês para o lançamento mundial de Transformers: O Lado Oculto da Lua, o cineasta norte-americano Michael Bay foi enfático ao afirmar que é um diretor de movimento. "Não se pode economizar na ação", disse em entrevista no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. A frase de Bay é muito mais do que uma explicação para seu último filme, é a pedra fundamental de um estilo particular de exercer o ofício. Responsável por filmes como Bad Boys, Pearl Harbor, A Ilha e Armageddon, ele sempre se esmerou, acertando ou não, para fazer o público prender a respiração em cenas explosivas. E nesta terceira parte da franquia Transformers, Bay mostra-se ainda mais afiado neste aspecto. Transformers: O Lado Oculto da Lua é o que se vende. Baseado em personagens robóticos alienígenas, os bonzinhos Autobots e os vilões Decepticons, a produção é um sem-fim de sequências de ação, tão velozes quanto bem-executadas do ponto de vista técnico. O que é ainda potencializado pela versão 3D. Porém, enquanto Bay avança com excelência no aspecto visual, invariavelmente deixa o conteúdo para trás. Em meio à destruição de cidades inteiras, a trama se desenrola de forma confusa e, muitas vezes, frouxa. Aqui, tudo começa em meio à guerra ancestral entre robôs, quando o Sentinel Prime (dublado por ninguém menos do que Leonard Nimoy, o eterno dr. Spock de Jornada nas Estrelas), o líder Autobot, foge do planeta natal, Cybertron.