Novo 'Astérix' leva heróis gauleses aos Jogos Olímpicos

Criadores dos quadrinhos, René Goscinny e Albert Uderzo, já tinham pensando na história há 40 anos

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Por Redação
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Astérix nos Jogos Olímpicos aproveita o marketing das Olimpíadas da China e estréia nacionalmente na sexta-feira, no dia do início do megaevento esportivo. Mas justiça seja feita: os criadores dos quadrinhos de Astérix e Obélix, René Goscinny e Albert Uderzo, já tinham pensando no tema desta história há nada menos de 40 anos.      Veja também:    Trailer de Astérix nos Jogos Olímpicos   Foi em 1968 que os quadrinhistas franceses escreveram uma história para seus heróis gauleses nos Jogos Olímpicos. A graça do novo filme, dirigido por Frédéric Forestier e Thomas Langmann e que circula em cópias dubladas e legendadas, está nas atualizações. Outro atrativo está nas participações de celebridades, como o piloto alemão Michael Schumacher e o jogador francês Zinédine Zidane. Os Jogos Olímpicos entram na vida da Gália, colônia romana no ano 50 A.C, por causa do amor. Um dos gauleses, Apaixonadix (Stéphane Rousseau, de As Invasões Bárbaras), apaixonou-se pela princesa grega Irina (Vanessa Hessler). Sem conhecê-lo pessoalmente, ela também está caída por ele por causa dos belos poemas enviados pelo rapaz por meio de cartas à amada. Mal sabe a moça que o verdadeiro autor dos versos é o gorducho Obélix (Gérard Depardieu), repetindo uma situação que acontecia em Cyrano de Bergerac (1990), um clássico da literatura e também dos famosos filmes do ator, em que ele compunha poemas para que outro (Vincent Perez) conquistasse uma moça. Apaixonadix tem um rival sério pelo coração da princesa - ninguém menos do que Brutus (Benoît Poelvoorde), o filho adotivo do imperador Júlio César (o veterano Alain Delon). Como a princesa não pode simplesmente dispensar o poderoso Brutus, resolve que só vai dar sua mão ao vencedor dos Jogos Olímpicos. Seguros de seus talentos esportivos e também dos efeitos da poção mágica de seu velho druida, Obélix, Astérix (agora interpretado por Clovis Cornillac) e o resto da delegação gálica encaram o desafio. Daí para a frente, seu maior inimigo será mesmo Brutus. Que, para começar, convence o comitê olímpico a banir quaisquer poções mágicas nos Jogos, senão, constituiria doping. O exame antidoping por meio de insetos é uma das boas sacadas do roteiro. Assim como será também a introdução de uma "parada nos boxes" durante a corrida de bigas - na qual um dos participantes é Michael Schumacher em pessoa, representando a Germânia. Um pouco adiante, um jovem egípcio vai inventar o futebol e ele é ninguém menos do que o craque francês Zinédine Zidane. Só que Zidane está quase irreconhecível, vestido a caráter como egípcio, com direito a peruca e pintura kajal nos olhos. Nestes detalhes modernos e nos efeitos especiais estão os melhores achados deste que foi alegadamente o mais caro filme francês feito até hoje, com orçamento de 78 milhões de euros. O destaque do elenco é o veterano Alain Delon. O imperador do cinema francês ironiza a própria figura e faz piadinhas com seu passado cinematográfico, especialmente quando diz: "Eu não preciso de ninguém, nem de Rocco e seus irmãos...", referindo-se ao título do famoso filme de 1960, em que atuou sob a direção do italiano Luchino Visconti. Uma atração à parte é a esperteza do imperador para escapar das inúmeras armadilhas com que o filho ambicioso procura matá-lo para tomar seu lugar. Este Brutus, ao contrário do personagem histórico, não tem como levar a melhor com um Júlio César muito malandro. (Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

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