Nos 60 anos da morte de Marilyn Monroe, conheça 11 filmes imperdíveis da atriz

Um dos nomes mais conhecidos do cinema mundial, Marilyn Monroe foi eternizada em filmes e fotos

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Por Luiz Carlos Merten
8 min de leitura

Há 60 anos, no dia 5 de agosto de 1962, Marilyn Monroe era encontrada morta em sua casa, nos Estados Unidos, ao lado de frascos vazios de barbitúricos. Segundo o laudo médico, ela morreu no dia anterior, 4 de agosto.

Marilyn Monroe em 1956 Foto: Cecil Beaton Archive/Sothebys

Ícone da cultura pop e a cara do cinema nos anos 1950, Marilyn Monroe buscou ser reconhecida como atriz - e não apenas como um rosto bonito. Conheça aqui momentos da vida pessoal e profissional da atriz, retratada também em Blonde, filme com Ana de Armas que chega em breve aos cinemas.

Marilyn Monroe em cena antológica de 'O Pecado Mora ao Lado' Foto: Fox

Selecionamos 11 filmes de Marilyn Monroe. Alguns deles estão disponíveis em plataformas de streaming, e indicamos abaixo.

 

  • Segredo das Joias 

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De John Huston, 1950. Grupo planeja o assalto perfeito, mas tudo sai errado. Um clássico de Hollywood, com grandes caracterizações de personagens e uma memorável participação de Marilyn como a amante do advogado Louis Calhern, implicado no crime. Excepcional como noir, teve várias imitações, incluindo o muito bom Rififi, de Jules Dassin, rodado na França, em 1955. 

 

  • A Malvada 

De Joseph L. Mankiewicz, 1950. Um grande filme sobre os bastidores do teatro. No original, chama-se All About Eve, e Eva surge como uma fã na vida da estrela Margo Channing. Na verdade, quer ocupar o lugar dela. Grandes diálogos, grande direção, grandes interpretações. Eva é Anne Baxter, a malvada. Bette Davis é Margo, genial. Marilyn faz Miss Casswell, que é levada pelo mordaz crítico Addison DeWitt/George Sanders à festa na casa de Margo. Ele a apresenta como graduada em interpretação pela Escola de Arte Dramática Copacabana. Conta a lenda que Bette perdeu a paciência com Marilyn e berrou com ela, quando a cena no saguão do teatro estava sendo repetida pela 11ª vez e Marilyn sempre errava a fala.

 

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  • Almas Desesperadas 

De Roy Ward Baker, 1952. Richard Widmark faz piloto de avião que se envolve com babá mentalmente perturbada. O diretor Baker ganhou reconhecimento na França, como o grande diretor que era. Destacou-se no terror. O longa marca a estreia de Anne Bancroft, futura Mrs. Robinson – em A Primeira Noite de Um Homem, de 1967. 

 

  • Os Homens Preferem as Loiras 

De Howard Hawks, 1950. Marilyn e Jane Russell como caçadoras de fortunas. Marilyn, que se chama Lorelei Lee no filme, tem um grande número – Diamonds Are Girls Best Friends – que Nicole Kidman, como Satine, recriou em Moulin Rouge. (Disponível no Prime Video e Star+)

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  • Torrentes de Paixão 

De Henry Hathaway, 1953. Parceiro de Billy Wilder na sua fase noir, Charles Brackett produz e assina o roteiro dessa história de mulher que planeja matar o marido. Como no Preminger, a paisagem vira personagem. As cataratas de Niagara representam a sensualidade a sexualidade irreprimível de Marilyn. (Disponível no Star +)

 

  • O Rio das Almas Perdidas 

De Otto Preminger, 1954. Robert Mitchum resgata Marilyn e Rory Calhoun, e esse retribui fugindo com os cavalos e deixando o trio – Mitchum tem um filho – no rio do título, à mercê de peles-vermelhas. Preminger poderia ter sido um grande diretor de westerns. Essa foi sua única incursão pelo gênero e a paisagem vira personagem, em cores e cinemascope.

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  • O Pecado Mora ao Lado 

De Billy Wilder, 1955. Tom Ewell experimenta a comichão dos setes anos – The Seven Years Itch, título original – que pode destruir seu casamento. Com a mulher e os filhos na praia, ele se envolve com a vizinha sexy – Marilyn. A cena do vento do metrô que levanta a saia e deixa a calcinha da estrela à mostra catapultou Marilyn ao firmamento de Hollywood. Marilyn podia ser insuportável – atrasava-se, esquecia o diálogo, tinha de repetir as cenas dezenas de vezes. Mas a câmera a amava, e Wilder só podia ficar feliz com o resultado. (Disponível no Prime Video e Star+)

 

  • Nunca Fui Santa 

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De Joshua Logan, 1956. Don Murray é o caubói moderno que se envolve com cantora de boteco de beira da estrada – Bus Stop é o título original. Resolve se casar com ela, e, ingênuo, nem se dá ao trabalho de perguntar se ela aceita. Adaptado da peça de William Inge, o filme que, para a totalidade crítica, provou que Marilyn sabia representar. Ela canta – (That Old) Black Magic

 

  • Quanto Mais Quente Melhor 

De Billy Wilder, 1959. Para fugir de gângsteres, Tony Curtis e Jack Lemmon disfarçam-se como mulheres numa orquestra de senhoritas. Marilyn toca banjo. Curtis adota outro disfarce – de milionário – para tentar conquistá-la. E Lemmon agrada tanto a Joe E. Brown que, quando revela que é homem, ouve dele a frase icônica do filme:  ‘Ninguém é perfeito’. Quase sempre considerada a melhor comédia de todos os tempos. (Disponível no Prime Video e Telecine Cult)

 

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  • Adorável Pecadora 

De George Cukor, 1950. Apaixonado pela corista Marilyn, o milionário Yves Montand toma aulas de canto, dança e interpretação para surpreendê-la – e conquistá-la – num espetáculo baseado em sua vida. Marilyn passa o filme tricotando um pulôver. E canta – My Heart Belongs To Daddy

 

  • Os Desajustados 

De John Huston, 1961. O roteiro que Arthur Miller escreveu para Marilyn, com quem foi casado. Ela faz Roslyn, que viaja a Reno, em Nevada, para um divórcio rápido e se envolve com caubóis modernos, que capturam cavalos selvagens no deserto. Considerando-se os talentos envolvidos – Huston, Miller, Marilyn e Clark Gable em seus últimos papeis, Montgomery Clift, o filme poderia ser muito melhor. Mas a cena da doma dos cavalos é antológica. Os caubóis tentam dominá-los, os animais lutam pela liberdade. Como Marilyn, em seu papel derradeiro. (Disponível no Prime Video e Apple TV+)

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