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No primeiro fim de semana de exibição, 'Aquarius' faz 55 mil espectadores

Longa converteu-se na segunda maior abertura de nacional do ano, perdendo apenas para 'Os Dez Mandamentos'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

*Matéria atualizada às 16h15 para corrigir informação

Para alguma coisa serviu a polêmica em torno ao lançamento de Aquarius. O longa de Kleber Mendonça Filho, inicialmente proibido até 18 anos - e a censura foi reduzida para 16 anos -, estreou na quinta, 1.º, em 89 salas do País. Nos quatro primeiros dias, até domingo, fez mais de 50 mil espectadores, com média de 600 pagantes por sala. Com isso, converteu-se na segunda maior abertura de nacional do ano, à frente das comédias blockbusters e atrás somente de Os Dez Mandamentos, sobre o qual pesa a suspeita de que foi um êxito fraudado. Na época do lançamento do épico bíblico, a reportagem do Estado visitou diversas salas de São Paulo que deveriam estar teoricamente cheias - o borderô indicava bilheterias esgotadas -, mas que, na realidade, estavam vazias, ou quase.

O segundo longa de cineasta pernambucano, Kleber Mendonça Filho, fala das contradições do país na história de Clara, uma aposentada, que não cede as pressões de uma construtora que quer demolir o prédio em que ela mora para construir um prédio de alto padrão. Aquarius concorreu a Palma de Ouro, em Cannes. Foto:

Em várias captais têm havido manifestações de repúdio ao governo efetivado, com gritos de 'Fora, Temer' após as sessões de Aquarius. Desde o protesto da equipe em Cannes, o filme de Kleber Mendonça estrelado por Sonia Braga ficou associado aos movimentos contra a saída da (ex)presidente Dilma Roussef. Por conta disso, muita gente andou atacando Aquarius e seu diretor, mas o filme é belíssimo e já tem lugar assegurado entre os melhores do ano, e não apenas de produções nacionais. A distribuidora é a Vitrine, de Sílvia Cruz, publicamente elogiada em Gramado por Kleber e pelo produtor Rodrigo Teixeira - de outro longa, O Silêncio do Céu - como a melhor independente do Brasil.  

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