25 de outubro de 2010 | 10h38
Entre 2 mil e 3 mil pessoas foram às ruas da Nova Zelândia nesta segunda-feira para protestar contra a possibilidade de que os filmes da série Hobbit passem a ser produzidos em outro lugar.
Vários manifestantes estavam fantasiados como hobbits ou outros personagens desse universo e levavam cartazes com dizeres como "A Nova Zelândia é a Terra Média" e "Amamos os Hobbits".
Representantes do estúdio Warner Bros. Pictures chegam na terça-feira à Nova Zelândia para decidir onde rodar o novo episódio da lucrativa adaptação da obra de J.R.R. Tolkien, um projeto de meio bilhão de dólares. Uma breve greve no país havia levado os produtores a reverem seus planos.
O diretor Peter Jackson, que é neozelandês, rodou no país a trilogia O Senhor dos Anéis, o que representou um impulso positivo para a indústria cinematográfica local e a imagem internacional da Nova Zelândia, uma pequena nação na Oceania.
Ele pretendia rodar os dois episódios de O Hobbit também na Nova Zelândia, mas um protesto de técnicos contra as condições de trabalho enfureceu o cineasta e enervou os produtores. A Time Warner disse na semana passada que poderia buscar outra locação, algo que segundo economistas custaria até US$ 1,5 bilhão à Nova Zelândia.
O sindicato dos técnicos recuou, e analistas acham que a Warner usará essa crise para obter incentivos financeiros do primeiro-ministro John Key, que na segunda-feira disse a jornalistas haver 50% de chances de que a filmagem seja na Nova Zelândia. "Eu adoraria dizer a vocês que o negócio está fechado, mas estamos longe de fechar o negócio. Há várias questões que precisaríamos resolver", disse ele ao jornal New Zealand Herald.
O premiado técnico Richard Taylor, cujo estúdio Weta Workshop preparou muitos efeitos especiais de O Senhor dos Anéis, disse aos manifestantes em Wellington que está otimista de que O Hobbit será filmado na Nova Zelândia. "A alternativa é sombria demais para ser considerada", afirmou.
Há rumores de que a Warner estaria cogitando locações na Grã-Bretanha, Canadá, Austrália e Leste Europeu.
(Reportagem adicional de Adrian Bathgate)
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