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Na tela, o plano de Spike Lee para assaltar um banco

Com Clive Owen e roteiro cheio de reviravoltas, estréia nesta sexta-feira nos cinemas, o novo filme de Lee, O Plano Perfeito

Por Agencia Estado
Atualização:

Filmes de assalto a banco formam um subgênero tão antigo quanto o próprio cinema. E Spike Lee, por incrível que pareça, o experimenta em O Plano Perfeito, que tem estréia mundial nesta sexta-feira. Incrível porque Lee não é dado a esse tipo de experimentação. Desde Faça a Coisa Certa até 25ª Hora, passando por Febre da Selva e Irmãos de Sangue, a obra do cineasta se caracteriza por temas específicos e uma marca autoral muito distinta. Sua obra tem como centro a pregação contra todos os tipos de preconceitos. Todos esses elementos estão presentes no novo filme, mas em uma embalagem mais comercial, com o objetivo de atingir um público mais amplo. O que não desmerece, nem diminui o novo trabalho. Muito ao contrário, só o valoriza ainda mais. Uma quadrilha invade a sede de um banco em Nova York, faz todos os clientes reféns e inicia uma negociação com a polícia. De um lado, o líder do bando, Daniel Russell (Clive Owen); de outro, o negociador, Keith Frazier (Denzel Washington). Entre os dois, Madeleine White (Jodie Foster), uma lobista com conexões importantes, garante que os misteriosos interesses do dono do banco (uma participação especial de Christopher Plummer), não sejam feridos e seus segredos revelados. Com um roteiro cheio de reviravoltas assinado por Russell Gewirtz, que parece mais ter sido escrito por David Mamet, o filme abandona qualquer moral e ética em função de algo maior, uma espécie de humanismo às avessas. Tanto que o único vilão da história continua sendo o ricaço com o armário cheio de esqueletos e ligações muito remotas com os nazistas.

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