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Musical 'Maré' recria 'Romeu e Julieta' em favela

Papéis principais são de jovens escolhidos por testes, alguns atuantes em grupos de dança ou teatro do Rio

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Por Redação
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A diretora carioca Lúcia Murat criou um musical em torno de um romance proibido em seu novo filme, Maré - Nossa História de Amor, partindo de uma livre inspiração em Romeu e Julieta, de William Shakespeare. O filme entra em circuito nacional na sexta-feira, 4. Veja também: Trailer de 'Maré - Nossa História de Amor'   Como havia feito em um filme anterior, Quase Dois Irmãos (2004), Lúcia recorreu a uma parceria com o escritor Paulo Lins (autor de Cidade de Deus) para escrever o roteiro.   O elenco conta com poucos nomes famosos - caso de Marisa Orth, Flávio Bauraqui e Babu Santana. Nos papéis principais estão jovens escolhidos por testes, alguns atuantes em grupos de dança ou teatro do Rio de Janeiro e sem experiência anterior em cinema. É o caso dos protagonistas, Cristina Lago e Vinícius D'Black. Usando como cenário a favela carioca da Maré, a história acompanha o surgimento da paixão entre Analídia (Cristina Lago) e Jonatha (Vinícius D'Black).   Os dois participam do grupo de dança da escola da ex-bailarina Fernanda (Marisa Orth), uma mulher de classe média que decidiu liderar um projeto na favela. Trata-se de um lugar dividido ao meio, cada lado dominado por uma facção do tráfico de drogas.   Analídia é filha de Bê, que está preso e chefia uma das facções. Jonatha é irmão de criação de Dudu (Babu Santana), chefe da outra facção.   Tanto Analídia quanto Jonatha rejeitam as ligações criminosas de seus parentes. Jonatha, cujo maior sonho é gravar um CD, recusa-se a aceitar dinheiro de Dudu para essa finalidade, apesar de ele insistir em oferecer.   Pesa também nesta decisão do jovem a influência do outro irmão mais velho, Paulo (Flávio Bauraqui), que procura fazer com que o caçula não se afaste de uma vida honesta.   No meio da favela dividida e muitas vezes abalada por conflitos, a professora de dança esforça-se por despertar talentos e montar um espetáculo. Mesmo assim, Fernanda tem de lidar com pressões de todo tipo, até para pintar a fachada da escola.   Numa semana, ela recebe ordem de uma facção para pintar a parede de azul, cor que simboliza aquele grupo. Na semana seguinte, os rivais reagem, forçando a professora a pintar tudo de vermelho, cor de seu grupo. Sendo um musical, muitos destes problemas são contados por músicas e coreografias, estas últimas desenvolvidas por Gabriela Figueroa, com a colaboração de Sonia Destri. Na trilha musical, assinada por Fernando Moura e Marcos Souza, há canções como Você, de Tim Maia, Favela, de Marcelo Falcão e Xandão, Gente de Lá e Minha Alma, ambas de Marcelo Yuka, e até alguns trechos do erudito Romeu e Julieta, tema musical para um balé de 1936, composto pelo compositor ucraniano Sergei Prokofiev (1891-1953). (Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

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