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Música na tela: entre destaques do streaming, estão filmes e documentários musicais

Festival Internacional do Documentário Musical e tributo a B.B. King são boas pedidas aos fãs de música

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

O que não falta são festivais de cinema online. O site do In-Edit, Festival Internacional do Documentário Musical, coloca no ar, por 24 horas, das 19h desta terça, 15, às 19h de quarta, 16, o longa português Variações, sobre um personagem raro da noite lisboeta. No Belas Artes à La Carte, mais música – um tributo a B.B. King, cujos 95 anos de nascimento se completam amanhã.

A Mubi continua com a revisão da obra do franco-iraniano Barbet Schroeder. E os fãs da grande literatura podem conferir duas adaptações do monumental romance Guerra e Paz.

O guitarrista de blues B.B. King Foto: Valentin Flauraud/Reuters

Variações 

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O português João Maia resgata, em chave de ficção, a vida de Antônio Ribeiro, personagem da noite de Lisboa. Influenciado por Amália Rodrigues, grande dama do fado, ele criou uma persona – Antônio Variações. Não entendia nada de música, mas queria ser cantor e compositor. Conseguiu, mas não pôde desfrutar muito seu sucesso. No site do In-Edit 

B.B. King 

Ele foi realmente um grande nome do blues. Um rei. B.B. King morreu em 2015, mas agora você pode reencontrar sua arte – e persona – em quatro longas produzidos por Martin Scorsese e dirigidos por Clint Eastwood (O Blues e o Piano), Richard Pearce (Caminho para Memphis), Wim Wenders (A Alma de Um Homem) e pelo próprio Scorsese (De Volta para Casa). Belas Artes à La Carte

The Valley/La Vallée 

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Na Nova Guiné, a mulher de um diplomata sai em busca das penas raras de uma ave e encontra comunidade hippie. Um dos primeiros longas de Barbet Schroeder, que nasceu em Teerã, virou colaborador da Cahiers du Cinéma e iniciou carreira como diretor abordando temas polêmicos. Esse tenta dar conta da droga, do sexo e da liberdade individual. Mubi

Guerra e Paz 

O romance de Leon Tolstoi já havia sido adaptado no período silencioso por King Vidor, em 1956. Os soviéticos, em plena Guerra Fria, ficaram indignados que Hollywood ousasse adaptar seu clássico e a Mosfilm movimentou recursos grandiosos para que o ator e diretor Serguei Bondarchuk fizesse a versão dele. As cenas da batalhas são impressionantes pela quantidade de soldados. E, se Bondarchuk não inventou os drones, com certeza teve toda Força Aérea da antiga URSS a seu dispor para as tomadas do alto. Você pode ver essa versão, que tem uma Natasha linda, Ludmila Savelyeva – uma Audrey Hepburn mais jovem – ou escolher a versão britânica da BBC1, dirigida por Andrew Davis. No streaming da Mosfilm e na Looke*É JORNALISTA E CRÍTICO DO ‘ESTADÃO’, AUTOR DE ‘CINEMA. ENTRE A REALIDADE E O ARTIFÍCIO’

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