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Muccino fala sobre experiência com Will Smith em 'Sete Vidas'

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Por Redação
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LOS ANGELES (Hollywood Reporter) - Após produzir aclamados mas pouco conhecidos (nos Estados Unidos) filmes italianos como "Ricordati di Me" e "L'Ultimo Bacio", o italiano Gabriele Muccino de repente saltou do lado arte para a corrente em voga. "Bacio" tornou-se base para o projeto da DreamWorks "The Last Kiss", e após estourar com Will Smith no "Em Busca da Felicidade", que faturou 300 milhões de dólares no circuito mundial e rendeu a Smith uma indicação ao Oscar, Muccino já está no mapa de Hollywood. Ele e Smith estão juntos mais uma vez para o drama "Sete Vidas", sobre um homem que provocou a morte de alguém que ama. A Sony lançará o filme neste final de semana. Recentemente, Muccino falou sobre os filmes que o influenciaram, a diferença entre italianos e norte-americanos e o desafio de deixar Will Smith menos parecido com Will Smith. Pergunta: "Sete Vidas" é um filme que você dirige uma das maiores estrelas do mundo atuando como um homem depressivo e triste. Foi difícil? Resposta: Nem sempre foi fácil. Will é um ótimo ator e muito colaborativo, e há um momento na personalidade de Ben (o personagem de Will Smith) que ele é encantador. Mas você precisa extrair algo diferente dele. Você precisa separar Will Smith do Will Smith. Nem mesmo eu sabia se ele estava totalmente ciente de tão maluca que foi a caracterização do personagem. P: Will Smith poderá disputar alguns prêmios, mas algumas pessoas já o acham uma grante estrela que não precisa de estatueta. Você acha que ele deveria ser indicado?" R: Há definitivamente uma tendência contra ele porque ele é uma grande estrela do cinema. Mas eu realmente espero que ele chame a atenção da Academia. Ele fez este filme com muita realidade. Ele não tinha que fazer isso, e isso é forte o bastante para eu acreditar que eles vão reconhecê-lo por isso. P: Um de seus próximos projetos É o "What I Know About Love", que você está escrevendo e dirigindo. Qual é a idéia básica? R: É sobre um homem que abandona sua mulher para viver com outra. Mas no desenrolar da história essa mulher se transforma em um tipo de sociopata e ele precisa da ajuda de sua ex-mulher para protegê-lo. P: Como você consegue transmitir em seus filmes em inglês o que significa viver na América contemporânea, embora não tenha sido criado aqui? R: É difícil. Fazer um filme sobre a América para mim às vezes é como fazer um filme sobre o antigo Egito. Mas você segue os seus instintos. No final, eu acredito que há diferenças entre a Europa e a América, mas há muitas idéias sobre vida e amor que são universais. P: Quais são as principais diferenças que você enxerga? R: Há um forte individualismo aqui, e isso deixa as pessoas mais focadas na carreira e neuróticas. Na Itália, as pessoas confiam mais na família e constroem relações de amizades diferentes. Mas nem sempre isso é uma coisa boa. Em uma calamidade como essa recessão, os norte-americanos serão os primeiros a saírem dessa. Para os europeus será mais demorado. Eles confiam mais no sistema e esperam que os outros façam isso por eles.

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