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Mostra de Cinema: 200 filmes este ano

A maratona começa em 19 de outubro. Palavra e Utopia, de Manoel de Oliveira, faz a abertura oficial, e entre as atrações estão Dancer in the Dark, de Lars Von Trier, Vatel, de Roland Joffé, Crazy English, de Zhang Yuan, entre outros

Por Agencia Estado
Atualização:

Faltam três semanas para o início da 24.ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O maior evento de cinema da cidade vai bem, obrigado. Seu organizador, Leon Cakoff, está atualmente na Espanha. Participa do Festival de San Sebastián como jurado e também tentando garimpar as últimas atrações para a mostra que, há um quarto de século, traz o que de mais avançado se faz no cinema de todo o mundo para manter o cinéfilo brasileiro - e o paulistano, em particular - atualizado com as novas tendências. Cakoff deve trazer o novíssimo filme do mexicano Arturo Ripstein, que o grande diretor realizou depois de Así Es la Vida, exibido em maio, em Cannes. La Perdition de los Hombres está fazendo a maior sensação no festival da Espanha. Por mais problemas que isso acarrete - a programação ainda está em aberto, para incluir essas novas atrações -, todo esforço é válido, em nome do melhor que é oferecido para o público. O patrocínio sempre foi um dos problemas da mostra de São Paulo. Há vários co-patrocinadores e apoiadores na mostra deste ano. Mas os patrocinadores, mesmo, são dois. É a segunda vez que a Petrobras liga seu nome à mostra e a primeira em que Vento se associa ao evento. A 24.ª mostra está orçada em aproximadamente R$ 3 milhões. Isso representa o orçamento ideal, explica a diretora de programação Renata de Almeida. Mas nem todo o aporte vem sob a forma de dinheiro. Petrobras e Vento colocaram R$ 600 mil cada e, entre os co-patrocinadores, a DirectTV também investiu R$ 300 mil cash. Outros co-patrocinadores (Sesc, Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria de Estado da Cultura) e apoiadores (TV Cultura, Eurochannel, Cinemax, Cinemark e Luke Strike) pagaram os impressos ou então encarregaram-se da mídia. O Cinemark começa a exibir logo os curtas promocionais da 24.ª mostra, que começa em 19 de outubro, um dia após o encerramento oficial do 2.º Festival do Rio BR. Justamente o Festival do Rio. Ele traz o BR no nome porque é patrocinado pela Distribuidora BR, uma subsidiária da Petrobras. Romildo Nascimento pertence à Coordenadoria de Patrocínios da holding. Ele explica o quanto é importante para a Petrobras associar sua marca a um evento consagrado como a mostra de São Paulo. Nascimento sabe sobre o que está falando. Além de coordenador de patrocínio da Petrobras na área de cinema é cinéfilo. Já viu muito filme importante na mostra de São Paulo. Ele conta que a Distribuidora BR, como subsidiária, tem sua coordenadoria de comunicação e patrocínio. Portanto, tem autonomia para definir quanto e no que vai investir. Mas a distribuidora e a holding conseguiram chegar a um acordo informal. A distribuidora investe na produção brasileira de longa-metragem, a holding, na de curtas, e ambas associam-se a eventos como o festival do Rio e a mostra em São Paulo, que extrapolam as fronteiras do País para trazer o melhor do cinema mundial. Nascimento acredita que o bom marketing passa necessariamente pelas áreas de esporte e cultura. Além do Programa Petrobras de Cinema, lançado no Rio, na segunda-feira, e que deve contemplar a produção de curtas com recursos de até R$ 4 milhões, ele anuncia programas de incentivo e subsídio nas áreas de artes plásticas e, em breve, artes cênicas. A brasilidade é uma preocupação no marketing da Petrobras e, por isso mesmo, a holding investe na garotada que está começando - os curta-metragistas. Guilhermino Figueira Neto, de 40 anos, é presidente da Vento. A empresa acaba de surgir. É provedora de acessos e serviços, com foco nas pequenas empresas (e empresários). Há cerca de seis meses, a Vento disse a que veio adquirindo, por US$ 14 milhões, o BR Home Shopping. Patrocina também o 4.º Fórum de Debates sobre Licitações. Para uma empresa tão jovem, é importante associar seu nome a um produto de tradição como a mostra. Conta muito o fato de Figueira Neto ser cinéfilo e ter o maior respeito e admiração pelo trabalho de Leon Cakoff. A mostra, que vai até 2 de novembro, deve trazer a São Paulo cerca de 200 filmes. Palavra e Utopia, do diretor português Manoel de Oliveira, faz a abertura oficial. Dancer in the Dark, de Lars Von Trier, é uma das grandes atrações, mas a mostra também deve exibir, entre muitos outros, os filmes Vatel, de Roland Joffé, Crazy English, de Zhang Yuan, Pele de Homem, Coração de Besta, de Hélne Angel, e Breaking the Silence, de Sun Zhou.

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