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Morre o cineasta Vilgot Sjoman, discípulo de Ingmar Bergman

Ele criou polêmica com seus filmes cheios de provocadoras cenas de sexo, como Jag Aer Nyfiken-Gul e sua continuação Jag Aer Nyfiken-Blaa, sucessos internacionais

Por Agencia Estado
Atualização:

O escritor e diretor de cinema sueco Vilgot Sjoman, discípulo de Ingmar Bergman, morreu ontem, aos 81 anos, em conseqüência de um derrame cerebral, no hospital Sankt Goeran de Estocolmo, informou hoje o Comitê Sueco de Profissionais Artísticos e Literários em comunicado. Sjoman trabalhou, no começo de carreira, como ajudante de Bergman, que declarou, certa vez, ter ensinado Sjoman a escrever roteiros. Sjoman rodou 15 filmes experimentais durante sua carreira, em que combinou ficção e documentário para questionar a sociedade sueca. Após sua estréia com Aelskarinnan (1962), adquiriu fama na Suécia com a adaptação cinematográfica do romance 491 (1964), de Lars Goerling, filme proibido por suas cenas explícitas de sexo e violência. O sucesso internacional veio três anos depois com Jag Aer Nyfiken-Gul e sua continuação Jag Aer Nyfiken-Blaa, que chamou a atenção por suas provocadoras cenas de sexo. O cineasta foi processado nos Estados Unidos por esse filme, acusado de obscenidade e pornografia. Ganhador do prêmio Ingmar Bergman em 2003, Sjoman lançou sua última obra, Alfred, sobre o inventor Alfred Nobel, em 1995. Nos últimos anos, Vilgot Sjoman esteve envolvido junto ao diretor Claes Eriksson em um processo contra o canal TV4, por violar seus direitos autorais ao intercalar anúncios na emissão de seus filmes na televisão. Os diretores ganharam o caso em primeira instância em dezembro de 2004, mas o canal recorreu à Audiência Nacional, que divulgará na quarta-feira sua decisão judicial.

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