Morre cineasta Roberto Pires

Considerado um dos principais nomes do movimento cinematográfico baiano dos anos 50 e 60, produziu Barravento, primeiro longa de Gláuber Rocha, e dirigiu Césio-137, entre outros

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Considerado um dos principais nomes do movimento cinematográfico baiano entre o final dos anos 50 e início dos 60, o diretor Roberto Pires, morreu hoje, em Salvador aos 67 anos, vítima de câncer na garganta. Pires é autor do primeiro longa-metragem baiano, Redenção, produzido em 1959, que lançou o ator Geraldo Del Rey. No início da década de 60 produziu Barravento, o primeiro filme longa-metragem dirigido por Gláuber Rocha e dirigiu outro longa, A Grande Feira, grande sucesso de público nas salas de exibição de Salvador. Pires começou a trabalhar com cinema bem jovem, com o grupo de pioneiros do qual fazia parte Gláuber, Luís Paulino dos Santos, Geraldo Del Rey, Helena Ignez, Antonio Pitanga, Othon Bastos, entre outros. Em 40 anos de carreira dirigiu oito filmes dos quais sete longas. São dele, entre outros, Tocaia no Asfalto, Crime do Sacopã, Abrigo Nuclear, Mascara da Traição e Césio-137, sobre a tragédia nuclear de Goiânia. Há dois anos estava trabalhando num novo longa, Nacional Dois de Julho, baseado na guerra de independência da Bahia. Pires deixa dez filhos de três casamentos, seis netos e viúva Laura Pires. Seu corpo foi sepultado hoje à tarde no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.