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Morre aos 82 anos o ator e diretor Sir Peter Ustinov

Por Agencia Estado
Atualização:

Sir Peter Ustinov, ator, diretor, escritor, dramaturgo e embaixador da Unicef, morreu ontem aos 82 anos, de ataque cardíaco. Ele estava internado em um clínica em Genolier, na Suíça, nas proximidades de Bursins, onde morava, às margens do lago Genebra. Artista polivalente, Ustinov trabalhou com cinema, teatro, ópera e literatura. Foi nas telas, porém, que ganhou fama. Dedicou quase 60 anos de sua vida ao cinema, encarnando os mais variados tipos em cerca de 90 filmes, do imperador romano Nero, em Quo Vadis?, ao detetive Hercule Poirot, de Agatha Christie, em Morte Sobre o Nilo. Venceu dois Oscars de melhor ator coadjuvante, um por Spartacus, de Stanley Kubrick, outro por Topkapi, de Jules Dassin, ambos nos anos 60. Atrás das câmeras, dirigiu Paul Newman e Sophia Loren, em Lady L, Elizabeth Taylor e Richard Burton em Unidos pelo Mal, e Robert Ryan em O Vingador dos Mares, entre outras estrelas. Nascido em Londres, em 1921, de pais franco-russos, Ustinov dizia ter sangue suíço, egípcio, italiano e francês - tudo, menos britânico. Gênio precoce, aos 3 anos já representava, imitando políticos em jantares de família. Aos 16 anos, largou a escola - a prestigiosa Westminster School - e abraçou o showbiz. Estreou aos 19 nos palcos e aos 21 já atacava de produtor. Suas peças tinham um tema recorrente, o do homem impotente que desafia o sistema e os poderosos. Uma das mais famosas foi The Love of Four Colonel, que ficou dois anos em cartaz no West End. Entre suas últimas criações estão o papel de médico em O Oléo de Lorenzo, a voz do elefante Babar em uma animação e muitos trabalhos para a TV. Também achava tempo para suas atividades na Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância. Foram cerca de 30 anos como embaixador da entidade. Kofi Annan chegava a brincar que Ustinov era o homem certo para substituí-lo como secretário-geral da ONU.

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