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Morre a atriz Maria Schell, estrela do cinema alemão

Maria, que tinha 79 anos, alcançou fama internacional em 1954 ao ser premiada em Cannes por seu trabalho em Die Letzte Brücke

Por Agencia Estado
Atualização:

A atriz austríaca Maria Schell, irmã do também ator Maximilian Schell e uma das grandes figuras da cinematografia alemã, morreu na noite passada aos 79 anos de idade em sua casa de campo na região alpina da Carintia, onde vivia há anos. Segundo informou hoje a emissora estatal austríaca ORF, Maria Schell "morreu placidamente" em sua própria cama, após ser internada na semana passada em um hospital de Graz por causa de uma pneumonia. Sua última aparição em público aconteceu no final de fevereiro de 2002 na estréia do filme documentário filme Minha irmã Maria , rodado por Maximilian Schell em homenagem àquela que foi ícone do cinema germânico, em que fez par com O.W.Fischer durante a década de 50. Nascida em Viena em 15 de janeiro de 1926, Maria Schell era filha de um escritor suíço e de uma atriz austríaca e se criou desde 1938 na Suíça junto com seus irmãos Maximilian, Immy e Carl, todos eles também atores, de maior ou menor renome. Sua carreira cinematográfica começou aos 16 anos e sem experiência alguma como atriz com o diretor Sigfrit Steiner, com quem filmou Der Steinbruch em 1942. Alcançou fama internacional em 1954 ao conseguir o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes com o filme Die Letzte Brücke, de Helmut Kaeutner e posteriormente participou de algumas grandes produções como Os Irmãos Karamazov de Richard Brooks. No entanto, a maior parte de seus filmes foram grandes histórias românticas dirigidas ao mercado alemão, do qual foi uma das grandes estrelas dos anos 50 e 60, quando também se dedicou ao teatro e à televisão. Seus sucessos profissionais não foram acompanhados pelos pessoais, já que seu primeiro casamento com o diretor Horst Haechler em 1957, do qual nasceu seu filho Oliver, durou poucos anos, também separando-se de seu segundo marido, o ator e diretor Veit Relin, com quem teve sua filha, Maria Theres. Com depressões, em 1991 tentou suicidar-se com uma overdose de barbitúricos e, após uma série de derrames cerebrais, em 1997 encheu as páginas da imprensa marrom por um escândalo financeiro que não chegou aos tribunais. Maria Schell escreveu dois livros autobiográficos, Die Kostbarkeit do Augenblicks - Gedanken - Erinnerungen (A Delicía do Momento - Pensamentos - Lembranças) em 1985 e ...Und wenns´s a Katz is! Mein Weg durchs Leben (...Embora seja um gato! Meu caminho pela vida) em 1995.

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