PUBLICIDADE

Morgan Freeman procura respostas sobre religião em Jerusalém

Ator está na cidade para filmar um documentário sobre fé e teologia

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM (Reuters) - Morgan Freeman pode ter representado Deus em filmes de Hollywood, mas chegou a Jerusalém com perguntas ainda não resolvidas sobre religião.

"Estou principalmente interessado no porquê, em qual é o porquê disso", disse nesta quarta-feira, 28, à Reuters o ator premiado com o Oscar, durante uma pausa na filmagem de A História de Deus, um documentário da National Geographic e da Highlight Films sobre fé e teologia.

Morgan Freeman Foto: REUTERS|Phil McCarten

PUBLICIDADE

"Não encontrei nenhuma resposta ainda. Ainda estamos na produção", disse ele na Igreja do Santo Sepulcro, do século 4, o local do sepultamento de Jesus Cristo, de acordo com a tradição cristã, e onde muitos peregrinos pareciam também deslumbrados com a surpresa da visita do astro do cinema.

Freeman, que interpretou Deus em Todo Poderoso e A Volta do Todo Poderoso e também é famoso por suas narrações comoventes de filmes, é a estrela e o produtor executivo do documentário, que deve ser lançado em abril. As locações incluem Israel, os territórios palestinos, Egito, Guatemala, Turquia e Índia.

O ator, de 78 anos, percorreu tranquilo as cavernas bíblicas de Qumran, na Cisjordânia. Nos becos de paralelepípedos da murada Cidade Velha de Jerusalém, o chapéu panamá, óculos escuros e um grupo de guarda-costas pouco fizeram para mantê-lo longe de moradores e turistas tirando selfies.

A emoção ofereceu algum alívio para a luta religiosa que despontou na cidade este mês em meio a protestos de palestinos contra a intensificação das visitas de israelenses ao complexo da mesquita de Al-Aqsa, um local também reverenciado pelos judeus como área de seus templos antigos.

Freeman se recusou a comentar sobre o conflito – uma alternativa, talvez, depois de um vídeo que fez com outras figuras de Hollywood em apoio ao acordo nuclear entre o Irã e potências mundiais, firmado em julho, e que Israel condenou como insuficientemente rigoroso.

Publicidade

"Não tenho uma mensagem para nenhum lado. Não, nós apenas estamos aqui fazendo um documentário", disse.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.