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MinC autoriza Fontes a captar mais R$ 3,3 milhões

TCU ordena a exclusão do nome de Fontes da lista de maus pagadores e Ministério da Cultura põe fim ao embargo ao filme Chatô - O Rei do Brasil

Por Agencia Estado
Atualização:

Por força de uma determinação do Tribunal de Contas da União, o Ministério da Cultura viu-se obrigado hoje a editar portaria autorizando o ator, produtor e diretor Guilherme Fontes a captar recursos para concluir o filme Chatô - O Rei do Brasil. Fontes está autorizado a buscar, nos próximos 6 meses, mais R$ 3,3 milhões na iniciativa privada - ele já gastou, até agora, R$ 8,6 milhões, segundo o ministério. Ainda assim, a decisão do Ministério da Cultura é um tanto tardia. A tomada de contas especial do Tribunal de Contas foi concluída em 12 de dezembro e só três meses depois é que o MinC autorizou Fontes a retomar a captação. Fontes acusa o ministério de má vontade com o seu caso. O produtor não foi localizado pela reportagem. Segundo portaria assinada pelo ministro Francisco Weffort, publicada hoje, "as irregularidades constatadas nas contas apresentadas" ao MinC do projeto Chatô, "devem ser somente examinadas por ocasião da prestação de contas final do projeto". O ministério suspendeu o embargo ao filme e o TCU ordenou a exclusão dos nomes da pessoa física (Guilherme Fontes) e da pessoa jurídica (Guilherme Fontes Filmes) dos cadastros de maus pagadores. Considerando isso, a portaria atesta que "é possível, sob o ponto de vista jurídico, a reabertura do prazo para captação a fim de viabilizar a finalização dos trabalhos, tornando aproveitáveis os recursos públicos já aplicados". Guilherme Fontes enfrenta problemas em outras instâncias. Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou sua produtora - empresa que também pertence à mãe do ator, Yolanda Machado Cardoso Fontes - a pagar hoje multa de R$ 100 mil por "omissão e deficiência na prestação de informações" durante captação de recursos para realização dos filmes Chatô - O Rei do Brasil, Bellini e a Esfinge e do documentário de tevê 500 Anos de História do Brasil. O ator recorreu da decisão ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, em Brasília. No final do ano, logo após saber da decisão do TCU sobre as contas de Chatô, ele saiu em busca de nova captação para finalizar o filme. Chegou a freqüentar programas de TV, como Hebe, no SBT, para convencer os incentivadores. Em 1991, o ator chegou a afirmar que, com o dinheiro que falta para a produção, ele completaria o filme em 16 semanas.

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