Michelle Williams incorpora Marilyn Monroe em novo filme

Atriz vive ícone de Hollywood no filme 'Minha Semana com Marilyn' que estreia em 23 de novembro nos EUA

PUBLICIDADE

Por ZORIANNA KIT
Atualização:

Michelle Williams deixou de lado a cadeira e preferiu sentar-se no chão da sala de jantar privada no Beverly Hills Hotel, bebericando uma xícara de chá. "Muito mais confortável", disse ela, cruzando as pernas e abrindo uma barra de granola. Na noite anterior, Michelle, de 31 anos, tinha chegado a Los Angeles vindo das filmagens de Oz: The Great and Powerful, em que ela interpreta Glinda, a bruxa boa. Naquele momento, no entanto, Michellle estava fora dessa personagem e concentrada em outra mulher encantadora que teceu sua mágica no cinema norte-americano: Marilyn Monroe. Williams estrela como a atriz icônica no filme Minha Semana com Marilyn - baseado no livro de Colin Clark, de mesmo nome -, que estreia nos cinemas dos EUA em 23 de novembro. O filme relata a experiência do autor de passar uma semana com Marilyn em 1956, enquanto ela estava na Inglaterra filmando a comédia romântica O Príncipe Encantado, contracenando com Laurence Olivier. "Esta não é a história de Marilyn Monroe, então o filme não é uma tragédia", disse Michelle. "É um filme em que acontece de a Marilyn Monroe ser uma personagem." É também o tipo de filme que pode repercutir entre os eleitores do Oscar. Michelle foi indicada duas vezes ao Oscar, de melhor atriz coadjuvante, por "O Segredo de Brokeback Mountain", e de melhor atriz, pelo drama de 2010 "Namorados para Sempre". Agora, como ela encarna alguém que é fruto de Hollywood, pode obter uma série de vitórias. Entre 2000 e 2010, sete das vencedoras do Oscar de melhor atriz foram atrizes que personificaram pessoas reais, incluindo Sandra Bullock (Um Sonho Possível), Marion Cotillard (Piaf - Um Hino ao Amor) e Helen Mirren (A Rainha). Michelle riu da ideia. "Eu tento não viver no futuro, porque ele é louco!", disse ela ruborizando. "Estou aliviada por prestar uma homenagem apropriada, porque eu não queria decepcioná-la." Ela estava se referindo a Marilyn e à pesquisa e transformação física pela qual passou para encarnar a lendária atriz. "Eu assisti a cada filme inúmeras vezes", explicou Michelle. "A Internet tornou-se uma grande ferramenta de pesquisa. Houve alguns pontos que funcionaram simultaneamente - o físico, a fachada e a essência dela." Um desses pontos foi a maneira como Marilyn se movia. Michelle descreveu como "uma série de poses contínuas, completamente fluídas, mas se em algum momento você parasse, poderia tirar uma foto e seria uma pose perfeita". Gesticulando com as mãos, ela continuou: "Parecia que ela amava o corpo dela, amava tocar o corpo, amava reverenciá-lo, amava ser capaz de guiar a atenção das pessoas para onde ela queria que olhassem." Embora pessoalmente Michelle tenha pouca semelhança física com Marilyn, no filme ela aparece tão voluptuosa quanto a estrela. Será que eram os quadris da própria atriz ou enchimentos? Será que ela fala quais partes do corpo são dela e quais não são?" "Aparentemente, não", ela hesitou. "Aparentemente o meu diretor tinha algumas outras ideias sobre isso." "Eu estava definitivamente mais pesada do que agora, mas eu realmente não sei quanto", acrescentou. "Mas há maneiras em que eu e ela nunca vamos nos parecer fisicamente. Para certas coisas, não importa o que eu faça, eu não vou ser capaz de atingir essa semelhança... Eu nunca ia conseguir um corpo como o dela!" Michelle está ciente do lado trágico de Marilyn - as pílulas, o álcool, os casamentos e sua dependência de outras pessoas "Algo nela dizia 'ame-me, proteja-me', e uma porção de gente assumiu isso e sentiu uma espécie de devoção por ela", disse Michelle. Muitos sentiram um sentimento protetor semelhante em relação a Michelle quando, em 2008, seu ex-namorado e colega de elenco em "Brokeback Mountain", o ator Heath Ledger, morreu de uma overdose acidental de remédios, deixando-a como mãe solteira da filha que tiveram, hoje uma menina de 6 anos.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.