Michael Moore pede a Obama pelas tropas no Afeganistão

Em carta na web, cineasta americano pede ao presidente dos EUA para que não envie mais soldados ao país

PUBLICIDADE

Por EFE
Atualização:

O cineasta Michael Moore pediu ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que além de não enviar mais tropas ao Afeganistão, promova sua retirada, para não decepcionar os eleitores que o levaram à Casa Branca, segundo uma carta divulgada nesta segunda, 30, pela internet.

 

PUBLICIDADE

Moore, conhecido por documentários críticos em relação à política de Washington, como Tiros em Columbine, Farenheit 11 de Setembro e Sicko $O$ Saúde, diz ser um porta-voz dos eleitores que fizeram Obama vencer as eleições e lembrou os últimos comícios do líder com suas promessas de mudança.

 

"Quando elegemos você, não esperávamos milagres. Não esperávamos sequer grandes mudanças, mas algumas. Pensávamos que pararia a loucura, as mortes, a ideia insensata de que uns homens armados podem reorganizar uma nação que não funciona como uma nação", afirmou Moore em sua carta.

 

"Presidente Obama, é hora de voltar para casa", insistiu o diretor que divulgou este texto na internet, às vésperas do discurso do presidente na Academia Militar de West Point, em Nova York.

 

Neste evento se espera que Obama divulgue sua política para o Afeganistão, e tudo indica que incluirá um aumento das tropas e a definição de um prazo para a paulatina saída dos Estados Unidos do país asiático. Uma perspectiva que, na opinião de Moore, vai contra a mensagem de esperança de Obama. "Você quer realmente ser um novo 'presidente bélico'?", pergunta o cineasta.

 

"Se você vai a West Point amanhã à noite para anunciar que aumentará as tropas em vez de retirá-las do Afeganistão, será um novo presidente da guerra. Assim simples", argumentou Moore, para quem as pessoas estão começando a perder a paciência com o chefe de Estado.

 

"Esta noite ainda temos esperança. Amanhã, veremos. A bola está com você. Você não tem que fazer isso", disse o diretor, para concluir com um "contamos com você".

Publicidade

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.