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México, Chile e Equador em festival norte-americano

Os países representam a América Latina em Novos Cineastas, Novos Filmes, festival que descobriu cineastas como Almodóvar e Héctor Babenco

Por Agencia Estado
Atualização:

O festival Novos Cineastas, Novos Filmes, que se caracteriza por apresentar o talento emergente das produções cinematográficas norte-americanas inclui este ano algumas do México, Chile e Equador, que representam a América Latina no evento. Esta edição do festival, que começa amanhã e vai até o dia 2 de abril nas salas de cinema de Lincoln Center e no Museu de Arte Moderna, o MoMa, mostrará um total de 25 longas e cinco curtas criados por jovens de 19 países. Além dos filmes dos Estados Unidos e de países da América Latina, a edição deste ano inclui produções da Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Índia, Irã, Irlanda, Itália, Holanda, Filipinas, Rússia, Suíça e Reino Unido. Ao longo de seus 30 anos de história, o festival serviu como plataforma para a descoberta de célebres cineastas, entre eles Pedro Almodóvar, Héctor Babenco, Atom Egoyan, Wong Kar-Wai, Spike Lee, Steven Spielberg e Wim Wenders. Este ano, a lista inclui Matías Bize, Amat Escalante, Javier Andrade, Lourdes Portillo, Richard Glatzer e Wash Westmoreland, cujos filmes mostram realidades da América Latina. Do Chile, foi selecionado o longa En la Cama, de Matías Bize, uma história de amor entre dois jovens desconhecidos um para o outro que fazem sexo, fumam, assistem televisão e contam mentiras e verdades. O filme inteiro foi filmado no quarto de um hotel, característica que também encontramos em outro filme de Bize, sua obra-prima, Sábado. As relações quentes de um casal também são abordadas no longa Sangre, uma co-produção do México e da França que marca a estréia como produtor de Amat Escalante. O filme conta a história de Blanca e Diego, cuja relação se baseia em sexo, brigas e televisão, até que uma noite a filha do primeiro casamento de Diego reaparece pedindo ajuda ao pai e se torna alvo de ciúme de Blanca. Dos Estados Unidos, a produção que se destaca é Quinceañera , de Richard Glatzer e Wash Westmoreland, premiada este ano no Festival de Cinema de Sundance. Trata-se uma comédia romântica contemporânea que gira em torno da história de Magdalena, uma jovem de Los Angeles que tem que lidar com a descoberta de sua gravidez às vésperas de sua festa de quinze anos. O tema dos quinze anos como um ritual de celebração é explorado também no curta-metragem equatoriano Pía, de Javier Andrade, que será exibido antes do longa australiano Look Both Ways, de Sarah Watt. Outros filmes que estarão no festival são Old Joy e Man Push Cart, dos norte-americanos Kelly Reichardt e Ramin Bahrani, respectivamente. O festival certamente cresceu este ano com a incorporação de novos eventos na programação, entre eles uma mesa redonda intitulada From Script to Screen (Do Roteiro às Telas). Um grupo de cineastas vai explicar para o público sobre como fizeram seus filmes. Também será exibida uma retrospectiva dos documentários mais importantes que foram criados nos últimos 20 anos do festival, entre eles El Diablo Nunca Duerme, da mexicana Lourdes Portillo.

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