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Melodrama feminino traz Dakota Fanning e Queen Latifah

'A Vida Secreta das Abelhas' adapta um bestseller e procura atrair público interessado em histórias sentimentais

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Por Redação
Atualização:

Tendo como um dos produtores o famoso astro Will Smith (de "Sete Vidas" e "Eu Sou a Lenda"), o melodrama "A Vida Secreta das Abelhas" adapta um bestseller nos EUA, escrito por Sue Monk Kidd. O filme entra em cartaz em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

 

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Trailer de 'A Vida Secreta das Abelhas'Dirigido e roteirizado por Gina Prince-Bythewood - uma diretora experiente em televisão -, "A Vida Secreta das Abelhas" procura atrair um público feminino e interessado em histórias sentimentais, contando com um time de atrizes consagradas. A adolescente Dakota Fanning ("Guerra dos Mundos") encabeça a lista, interpretando Lily Owens. Menina triste, ela foi marcada por uma tragédia muito cedo, envolvendo a morte da mãe. O pai, T. Ray (Paul Bettany, de "Coração de Tinta"), é bruto com ela e com sua empregada, Rosaleen (Jennifer Hudson, de "Dreamgirls") - a única pessoa a ter um vínculo afetivo real com Lily. A aliança entre as duas se fortalece quando Rosaleen, acompanhada por Lily, vai à cidade disposta a registrar-se como eleitora. O ano é 1964 e acaba de ser aprovada a Lei dos Direitos Civis que impõe limites à histórica discriminação contra os negros. Mas, na Carolina do Sul, onde elas moram, os rancheiros brancos não estão dispostos a aceitar as mudanças. Diante dos olhos apavorados de Lily, alguns deles espancam barbaramente Rosaleen que, ferida, ainda vai presa por ter reagido. Diante da omissão do pai, Lily entra escondida no hospital onde sua empregada está amarrada na cama, e as duas escapam. Seu destino é Tiburon, onde a menina quer procurar pistas sobre sua mãe morta. A etiqueta de um pote de mel, igual a uma ilustração que Lily viu entre as coisas de sua mãe, leva a garota a procurar sua fabricante, August Boatwright (Queen Latifah, de "Hairspray - Em Busca da Fama"). Líder de uma família negra e próspera na cidade, ela acolhe Lily e Rosaleen em sua casa, contrariando a irmã June (Alicia Keys), ativista pelos direitos dos negros e feminista, que desconfia da história contada pela menina branca. A outra irmã, May (Sophie Okonedo, de "Hotel Rwanda"), muito sensível, apega-se logo às duas recém-chegadas. A estadia na casa de August, enquanto seu pai a procura sem ideia de seu paradeiro, prolonga-se tempo o bastante para que Lily descubra uma vida nova, em que trabalha como apicultora e passa a fazer parte de uma afetuosa comunidade feminina. O subtema do racismo se dilui para dar lugar a uma história sentimental que se resolve quase sempre através de simplificações piegas. Descontadas as pieguices, o filme registra uma raridade no cinema norte-americano - um princípio de romance interracial, entre a menina Lily e o filho de uma das amigas da casa, Zach (Tristan Wilds). Seu beijinho é o máximo de ousadia a que este filme açucarado se permite.

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