O filme Marighella foi o grande vencedor do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. O filme dirigido por Wagner Moura conquistou oito Troféus Grande Otelo: Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Primeira Direção de Longa-Metragem, Melhor Ator, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Fotografia, Melhor Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino.
A cerimônia de entrega aconteceu na noite de quarta-feira, 10, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Organizado pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, o evento distribuiu 32 prêmios, em quatro categorias: longa-metragem, curta-metragem e séries brasileiras, escolhidos pelo júri formado por profissionais associados à Academia, além do prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular, que teve votação pelo site da instituição.
O tom político dominou boa parte dos discursos de agradecimento, com manifestações contra a política cultural executada pelo governo federal.
"Não escolhi um filme fácil para ser o meu primeiro", afirmou Wagner Moura, que subiu ao palco ao lado do filho Bem Moura, de 16 anos, para receber a estatueta de melhor diretor estreante. "Fazer Marighella não foi só fazer um filme. Teve tudo. Foi filmado em 2017 e lançado no ano passado." Confira aqui como foi a cerimônia, em que foram evocados Bolsonaro e Lula.
Nas categorias de atuação, o prêmio de atriz foi para Dira Paes (Veneza) e o de ator, para Seu Jorge (Marighella). Zezé Motta ganhou na categoria de atriz coadjuvante (Doutor Gama), enquanto o melhor ator coadjuvante foi Rodrigo Santoro (7 Prisioneiros).
Veja a lista completa dos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022
-
MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
Marighella, de Wagner Moura
-
MELHOR FILME - JÚRI POPULAR
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte
-
MELHOR DIREÇÃO
Daniel Filho, por O Silêncio da Chuva
-
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Wagner Moura, por Marighella
-
MELHOR ATOR
Seu Jorge, por Marighella
-
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Rodrigo Santoro, por 7 Prisioneiros
-
MELHOR ATRIZ
Dira Paes, por Veneza
-
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zezé Motta, por Doutor Gama
-
MELHOR FILME INTERNACIONAL
Nomadland (EUA), de Chloe Zhao
-
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Ema (Chile), de Pablo Larraín
-
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi
-
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende
-
MENÇÃO HONROSA - LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral
-
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Turma da Mônica - Lições, de Daniel Rezende
-
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli
-
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
-
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
Ato, de Bárbara Paz
-
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO
Karen Harley, por Piedade
-
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
Ricardo Farias, por A Última Floresta
-
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Henrique dos Santos e Aly Muritiba, por Deserto Particular
-
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Felipe Braga e Wagner Moura, por Marighella
-
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Adrian Teijido,por Marighella
-
MELHOR EFEITO VISUAL
Pedro de Lima Marques, por Contos do Amanhã
-
MELHOR SOM
George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato, por Marighella
-
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Frederico Pinto, por Marighella
-
MELHOR MAQUIAGEM
Martín Macías Trujillo, por Veneza
-
MELHOR FIGURINO
Verônica Julian, por Marighella
-
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DOCUMENTÁRIO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
Transamazônica - Uma Estrada para o Passado - 1ª Temporada, de Jorge Bodanzky
-
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA ANIMAÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
Angeli The Killer - 2ª Temporada, de César Cabral
-
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇAO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV ABERTA
Sob Pressão - 4ª Temporada, de Andrucha Waddington
-
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE - TV PAGA/OTT
DOM - 1ª Temporada, de Breno Silveira
-
MELHOR TRILHA SONORA
André Abujamra e Márcio Nigro, por Bob Cuspe - Nós Não Gostamos de Gente