Maitê é vilã em novo desenho da Disney

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Por Agencia Estado
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Diretor de Marketing da Disney do Brasil, Eduardo Rozemback estima que o novo desenho da companhia Atlantis, o Reino Perdido, será lançado no dia 29 em 280 ou 300 salas de todo o Brasil. "Ainda estamos fechando estes números", diz. Antecipa, de qualquer maneira, que 90% (talvez 95%) desse total sejam ocupados por cópias dubladas. "Há um punhado de espectadores que fazem questão de ver Atlantis legendado, para conferir a voz do Michael J. Fox, que faz o original, mas a maioria do público prefere mesmo é a versão dublada." Por isso mesmo, desde Tarzan a Disney do Brasil investe na dublagem de seus desenhos. Garcia Jr., que emprestava a voz a McGyver na TV, é o diretor de dublagem dos desenhos da companhia. Todo ano ele tem seu encontro com a imprensa, para apresentar os donos das vozes que o público vai ouvir no novo desenho da Disney. Este ano, as donas. A coletiva foi realizada na terça de manhã. Lá estavam Maitê Proença, Camila Pitanga e Deborah Blando, que canta o tema de Atlantis. É um desenho diferente. Não tem os tradicionais bichinhos, nem a canção melosa para ganhar o Oscar. Atlantis, sobre a busca do lendário continente perdido, inspira-se mais na tradição de clássicos de aventuras, como o ótimo 20 Mil Léguas Submarinas, que Richard Fleischer dirigiu nos anos 50. Os personagens, desta vez, são humanos e isso determinou as escolhas de Garcia Jr. para a dublagem. Outra novidade é que ele foi buscar as vozes conhecidas entre as atrizes, relegando os personagens masculinos ao segundo plano. "Toda força às mulheres", diz Camila Pitanga. Maitê é aquela coisa linda que todo mundo sabe, mas Camila... Maitê faz a vilã, Helga. Pelo nome dá para ver que é alemã. A ação passa-se em 1914, a 1ª Guerra está para explodir e a expedição pacífica à Atlântida na verdade esconde os desígnios dos vilões militares, que querem se apossar da fonte de energia do continente perdido para vendê-la ao kaiser. Garcia Jr. disse que escolheu Maitê porque, ao ouvi-la falar, em sucessivas entrevistas, descobria sempre uma mulher determinada. Maitê diz que não é tão determinada assim, mas adorou fazer a vilã. "Todo mundo tem seu lado sombrio", ela diz. "Ser paga para colocar esse lado para fora, fazendo maldade, é uma experiência muito divertida." Ela gravou sua participação em um dia, apenas. Com Camila, foram dois dias de trabalho. Tanto ela como Maitê participavam pela primeira vez da dublagem de um desenho. Maitê já tinha alguma experiência de dublar-se a si mesma, nos filmes. Camila, nem isso. No primeiro dia, ela não gostou de nada do que fez. Garcia Jr. precisou acalmá-la. No segundo, já estava familiarizada com a princesa Kida, que habita o bolsão de vida no fundo do mar, onde se localiza a Atlântida. "Exorcizei minha maldade fazendo a boazinha", ela brincou. Maitê retrucou: "Não há mal em você, Camila, você é do bem." Deborah Blando é uma dessas cantoras fabricadas pelas grandes gravadoras, no caso a Sony. Pode-se fazer objeções à escolha do seu repertório, mas não à voz. Ela deu uma canja cantando um pouco a canção-tema, que só rola nos créditos finais de Atlantis. Deborah mereceu uma deferência especial da Disney do Brasil. Gravou um clipe que será incorporado às cópias dubladas em exibição no País.

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