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Lula instala o Conselho Nacional de Cinema

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva instalou hoje o Conselho Nacional de Cinema, destacando o momento excepcional que vive o setor

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta tarde, ao instalar o Conselho Nacional de Cinema, no Palácio do Planalto, que tem consciência de que ainda não fez tudo que pretende fazer na área cinema e audiovisual mas, acrescentou, seu governo "deu passos importantes" para a evolução do setor. "Se esses passos tivessem sido dados dez anos atrás, nós hoje estaríamos - quem sabe - mais avançados. Mas a gente não pode se queixar muito porque, no Brasil, as coisas sempre são assim. Nós sempre somos os últimos a dar os passos que todo mundo sabe que tem que dar. Mas, não sei por que, não dá", disse o presidente. Lula avaliou que o cinema brasileiro vive um momento excepcional e destacou que entre as vinte maiores bilheterias de 2003 oito foram de filmes produzidos no Brasil. Nesse período, disse, 20 milhões de pessoas assistiram às produções nacionais. "Nós não apenas estamos evoluindo em conteúdo e qualidade, mas conseguindo quebrar um tabu de que brasileiro não gosta das coisas do Brasil", ressaltou. O presidente também destacou um aumento de 180% na procura por filmes brasileiros em 2003 em relação ao ano anterior. Na solenidade, que teve a participação de seis ministros, Lula elogiou o ministro da Cultura, Gilberto Gil. Ele brincou afirmando que Gil tinha evoluído inclusive nos discursos. "Eu vejo a evolução do Gil. Quando começou a ser ministro, eu dava a palavra para ele e em trinta segundos ele devolvia. Tomou gosto pela (palavra)....". O ministro da Casa Civil, José Dirceu, que também participou da cerimônia, ressaltou as indicações e premiações dos filmes brasileiros nos festivais de cinema internacionais, incluindo o Oscar. O que muda na área - O Conselho, criado em 2001 pela Medida Provisória 2228-1, ganhou mais força e representatividade. Aumentou de sete para nove a participação de ministros de Estado, tornou obrigatória a participação de três representantes da sociedade civil e aumentou de cinco para seis os membros do segmento audiovisual brasileiro - especialistas dos diversos setores da indústria cinematográfica e videofonográfica nacional. A principal transformação da Ancine (Agência Nacional do Cinema) que passará a ser vinculada ao Ministério da Cultura sob o nome de Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual) e vai regular as ações de diversas áreas como cinema, televisão e todo o segmento audiovisual. Além disso, será criada a Lei Geral do Cinema e do Audiovisual, com o objetivo de rever as legislações existentes. Entre os representantes da área cinematográfica estão Roberto Faria, André Sturm, Giba Assis Brasil, Carlos Eduardo, Gabriel Prioli e Luís Severiano Ribeiro. Pela representação da sociedade civil respondem: Cosete Alves, Sílvio Da Rin e Carlos Ebert, Carlos Augusto Machado Calil e Heitor Capuzo.

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