
06 de setembro de 2020 | 18h32
O domingo, 6, na 77ª edição do Festival de Veneza tem como principal nome o diretor italiano Luca Guadagnino, que apresenta duas novas obras fora de concurso: o curta Fiori, Fiori, Fiori, no qual o cineasta conta através de um tablet e de um smartphone, à sua maneira, como foi viver o lockdown da covid-19, e o documentário Salvatore - Shoemaker of Dreams, dedicado ao estilista e designer Salvatore Ferragamo.
À ANSA, Guadagnino relatou que a pandemia mudou as regras de produção no mundo, mas que isso não foi capaz de pará-lo. "É certo que a relação com a criatividade não é a mesma. Viajamos menos, há tantas regras novas. Eu mesmo estou em crise de colocar na tela cenas de amor e de paixão. Mas, também é certo que eu não vou parar", ressaltou.
Para o diretor italiano, o período mais duro do isolamento social "aumentou, de maneira universal, o desejo de se mover" e ele sofreu muito para ficar em sua casa em Milão. No curta, inclusive, é possível ver a emoção dele quando o diretor consegue reencontrar seus familiares.
Já no filme sobre Ferragamo, Guadagnino junta um material abundante sobre o italiano, com arquivos pessoais encontrados em Florença, na casa do estilista de sapatos, mas também em Hollywood, onde o designer é extremamente respeitado.
Segundo o próprio diretor, sua ligação com Ferragamo vem pelo fato da "busca da beleza, com uma incrível modéstia". "Ele sempre viveu sua vida como um outsider, alguém fora do comum. E nisso, me sinto assim com o cinema exatamente como ele", acrescentou.
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