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Larissa Manoela, a eterna Maria Joaquina, fala sobre o filme 'Meus 15 Anos'

Fenômeno em várias mídias, ela garante: 'Estou aprendendo'

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Três da tarde de sexta, 23. Larissa Manoela chega da escola e vai logo avisando - “Tive a prova final do bimestre.” Está resfriada e pede desculpas pela voz. E deu para fazer a prova? “Tinha de dar. A gente estuda para isso, não?” Larissa, de 16 anos, tomou de assalto quase 600 salas de todo o País (exatamente 576) com o novo longa, Meus 15 Anos. O filme pré-estreou na semana passada - quinta, 15 - em 400 salas. Já parte com 152 mil espectadores. A expectativa da Paris Filmes é de que passe o milhão. Larissa Manoela é uma estrela teen. Tem milhões de seguidores nas redes sociais, vende livros como água - O Diário de Larissa Manoela foi para o topo dos mais vendidos no Brasil -, lota seus shows.

Sua agenda para este ano é de gente grande - “Lanço o DVD que gravei em Salvador no Dia da Criança, vou ter nova novela no SBT, lançar novo filme com Ingrid Guimarães (Fala Sério, Mãe!) e em dezembro faço o próximo filme.” Na quinta, apesar de ‘baleadinha’, ainda ia rodar - “Vou fazer uma sessão do filme só para amigos.” Está numa fase de festas. “Muitas amigas estão fazendo 15 anos e eu vou, né?” Como estrela que é, ela rouba a cena - ou não? “Não me acho uma estrela. Tenho uma vida profissional intensa, mas não abro mão de ser garota. Senão, não tem graça.” A família lhe dá o maior apoio. “Meus pais sempre foram o máximo comigo. Desistiram de muita coisa para me apoiar. Sou de uma cidade no interior do Paraná e, quando comecei, ficamos uns dois anos no vaivém. Guarapuava, São Paulo, Rio. Viemos para cá em definitivo. São pessoas que acreditam em valores. Me passaram isso. Me acho bem centrada. Tenho foco, não me deslumbro com as coisas.”

Um sonho. Larissa Manoela se prepara para o seu grande dia Foto: Stella de Carvalho

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Guarda um carinho muito grande por Selton Mello, que a dirigiu em O Palhaço, de 2011. “Ele foi muito bacana comigo. E o Selton faz esses filmes sensíveis sobre família.” Reconhece que Carrossel foi o divisor de águas - primeiro, a novela do SBT, depois os filmes. “Maria Joaquina me tornou conhecida do público.” A personagem é muito diferente da Bia de Meus 15 Anos. “Maria Joaquina é descolada, um pouco metida. A Bia tem personalidade, mas é mais insegura. Está num momento de transição da vida.” Na trama do filme, Bia chega aos 15 anos meio patinho feio. O pai viúvo arma para ela ter uma festa. Bia vira a garota popular da escola. Todo o mundo quer descolar um convite para a festa. No final... 

“Gosto muito do desfecho dessa história. Foge ao convencional. É uma reafirmação da identidade da Bia, que não vai viver a vida dos outros.” Sendo a Bia tão diferente dela - Maria Joaquina também é, embora Larissa se identifique com seus vestidos (e ela ri quando conta) -, nossa simpática atriz passou por um período de preparação. “Foram umas duas semanas com preparadores com quem já havia trabalhado, mas eles foram fantásticos. Estava fragilizada, me sentindo vulnerável, e a gente trabalhou isso para deixar a Bia mais verdadeira.” Fragilizada por que, é possível saber? “Ah, tinha terminado um namoro. Primeiro amor, sabe como é. Já passou.” Adorou trabalhar com Rafael Infante, que faz seu pai. “Já conhecia o Rafael como humorista e no nosso primeiro encontro para o filme já deu para ver que ia dar certo. Ele faz um pai jovem, também vulnerável e que quer acertar. Aprendemos juntos no filme, e acho que isso fortalece o laço familiar.” É seu primeiro filme dirigido por uma mulher, Caroline Fioretti. “E ela foi ótima. Havia muitos homens no set, todo mundo querendo fazer o melhor filme possível, o mais bonito. Mas havia a Caroline no comando, e uma diretora de produção. A gente falava muito em ‘girl power’. As mulheres no poder. Em toda parte a gente vê as mulheres se afirmando. O filme reflete isso.”

Adora ler - e contar histórias. Os livros nascem da sua imaginação. Papai e mamãe são leitores vorazes. Mas ela tem ghost writer, admite. “Ainda estou aprendendo. Como atriz, escritora. É um longo caminho, e estou gostando.”

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