Kirsten Dunst fala sobre seu novo filme, 'All Good Things'

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Por ZORIANNA KIT
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Kirsten Dunst cresceu diante dos olhos do público em filmes como "Entrevista com o Vampiro" e "As Virgens Suicidas", tornando-se uma estrela de fato nos filmes "Homem Aranha". Ela está de volta ao trabalho agora em "All Good Things", contracenando com Ryan Gosling e fazendo o papel de uma mulher que desaparece pouco depois de seu casamento com um herdeiro rico desabar. O filme, que estreia nos EUA na sexta-feira, é inspirado em um caso real notório que ocorreu em 1982 em Nova York, relacionado à rica família Durst. Dunst falou com a Reuters sobre o filme, Ryan Gosling e o novo reinício de "Homem Aranha". P: O corpo de Kathie Durst nunca foi encontrado, e ninguém foi acusado pelo crime. Você acha que Robert Durst a matou? R: Acho que sim - afinal, por que a família Durst não ajudaria a encontrar sua nora? Com todo o dinheiro e o poder que tinham, podiam ter levado a polícia inteira a procurá-la. Mas não fizeram nada. P: Houve dias memoráveis no set? R: Eu diria que sim, na cena em que Ryan me puxa para fora de casa pelos cabelos. No dia seguinte, Ryan se sentiu mal por ter tido que puxar meu cabelo e me mandou flores. P: Este é o primeiro filme em que você atua depois de fazer tratamento para depressão, em 2008. Houve alguma razão para optar por este filme? R: Eu já tinha concordado em fazer o filme dois ou três antes de nós o rodarmos. Mas, seja qual for a energia que estava comigo naquele momento, foi o filme perfeito a fazer. A sensação que tive foi de libertação. P: Como assim? R: Em função das pessoas que conheci nesse período, mudei minha forma de enxergar a atuação e o cinema, além do meu jeito pessoal de trabalhar antes mesmo de começar a filmar. Antes, eu fazia o processo de ensaios com todo o mundo e não planejava meu outro mundo. Passei a sentir um novo interesse pelo processo. P: Você começou a trabalhar profissionalmente aos 3 anos de idade e agora está com 28. De que maneira é diferente atuar como adulta? R: Quando você é mais jovem, sua realidade é diferente. Tudo é divertido. Você faz aquilo mais pelas outras pessoas. Agora é para mim, é isso o que mudou. P: É mais fácil atuar quando se é jovem porque as crianças são geralmente vistas como sendo mais abertas e receptivas? R: Talvez seja mais fácil. A nossa intuição é mais vulnerável nessa idade. Quando você fica mais velha, as pessoas esperam que você seja vulnerável, mas também durona. Não faz sentido: você tem que ser emotiva como atriz, na tela, mas indiferente às coisas fora da tela. Acho que os atores são mais sensíveis, eles apreendem muito. Então a gente tem que encontrar um equilíbrio entre o que decide apreender e o que não. P: O que você acha do novo reinício de "Homem Aranha" com Andrew Garfield como Homem Aranha e Emma Stone como Gwen Stacy? R: Gosto muito deles dois. Acho que eles serão ótimos. Só acho triste que não houve um final bom (para a trilogia). Quando rodamos o terceiro filme, não sabíamos que seria o último. Eu queria que tivéssemos sabido. Talvez tivéssemos dado mais valor àquele momento. P: Você achava que haveria um quarto filme? R: Estavam começando a montar um quarto, mas então mudaram de ideia. Em todo caso, é maravilhoso que fizemos aqueles três filmes. Foi um tempo muito especial para todos nós. P: Você dirigiu dois curtas. Pretende continuar? R: Vou dirigir um longa um dia. Só preciso encontrar um projeto que eu realmente queira fazer. No momento, minha atenção está voltada ao trabalho de atriz. Já trabalho há tanto tempo que posso me dar ao luxo de ficar parada por algum tempo de vez em quando e aguardar algo especial.

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