NOVA YORK - Em audiência, nesta quinta-feira, 2. o juiz Stuart Bernstein deu sinal verde para o plano de reestruturação apresentado pelo estúdio Metro Goldwyn Mayer (MGM) para sair da situação de falência declarada há quase um mês e realizar as mudanças necessárias em conjunto com seus acionistas.
A proposta para a reestruturação da MGM, que tem dívidas avaliadas em US$ 4 bilhões, se baseia em um acordo com a produtora Spyglass Entertainment, cujos executivos passarão a dirigir o estúdio assim que este sair da situação de quebra.
A operação foi possível após ser aprovada pelos credores da empresa, que concordaram em transformar sua participação na dívida em ações da nova MGM.
A reforma do estúdio reduzirá drasticamente o tamanho da companhia, com a função de produtora superando a de distribuidora.
A origem dos problemas financeiros da MGM começou em 2004, quando a Sony, a empresa de telecomunicações Comcast e as financeiras Providence Equity e TPG Capital lideraram uma operação para comprar o estúdio por US$ 5 bilhões.
Posteriormente, o valor foi considerado excessivo, já que sofrera influência da alta de preços em meio a uma bonança econômica mundial e do declive das vendas em DVD.
Ao optar pelo procedimento da Lei de Quebra, a MGM rejeitou uma oferta de US$ 2 bilhões apresentada pelo conglomerado India Pariwar e outra de US$ 1,5 bilhão da Time Warner.
A MGM, dona dos direitos da franquia de James Bond, possui um catálogo de cerca de quatro mil filmes, entre eles clássicos como O Mágico de Oz, E o Vento Levou e Ben-Hur.