Justiça americana nega julgamento à distância de Polanski

Peter Espinoza, juiz à frente do caso, afirmou que o diretor de cinema tinha de ser entregue às autoridades americanas para encerrar o processo, iniciado há três décadas

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Por Redação
Atualização:

A Corte Superior do condado de Los Angeles negou um pedido dos advogados de Roman Polanski para que o cineasta, acusado de um crime sexual, seja sentenciado à distância.

 

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Peter Espinoza, juiz à frente do caso, afirmou que o diretor - que ganhou um Oscar por "O Pianista" - tinha de ser entregue às autoridades americanas para encerrar o processo, iniciado há três décadas.

 

Os advogados do cineasta asseguraram que apelarão da decisão. Polanski, de 76 anos, foi denunciado em 1977 por ter feito sexo com uma menina de 13 anos após uma sessão de fotos em Los Angeles.

 

ano seguinte ele fugiu à França, de onde não pode ser extraditado, para evitar um julgamento nos EUA. A Polícia suíça deteve o diretor em setembro. Ele está em prisão domiciliar, à espera de saber se será finalmente enviado aos EUA.

 

Samantha Geimer, a jovem que sofreu o abuso sexual, acusou formalmente na quinta-feira a promotoria do condado de Los Angeles de violar o estatuto dos direitos das vítimas, ao não ser consultada pelas autoridades antes de ser pedida a extradição do diretor.

 

Geimer, que em 1997 perdoou publicamente Polanski, já tinha pedido em janeiro do ano passado que a justiça arquivasse o caso. A vítima, agora casada, mãe de três filhos e residente no Havaí, demonstrou diversas vezes estar cansada deste processo e querer pôr fim a esse capítulo em sua vida.

 

Em 1993, Polanski e Geimer chegaram a um acordo extrajudicial segundo o qual o diretor iria indenizá-la com pelo menos US$ 500 mil.

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Os advogados de Polanski tentam fazer com que a Corte do condado de Los Angeles encerre o caso sem que o cineasta tenha de pisar em território americano, onde é considerado um fugitivo.

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