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Julianne Moore estrela seu primeiro blockbuster

A atriz, que faz sucesso no circuito de arte, protagoniza Os Esquecidos, que já arrecadou mais de US$ 70 milhões

Por Agencia Estado
Atualização:

O thriller sobrenatural Os Esquecidos, de Joseph Ruben estréia hoje abordando temas como memória e esquecimento. Ruben nega que tenha se inspirado no filme de Otto Preminger dos anos 1960, Bunny Lake Desapareceu. No antigo, uma mulher procura o filho que todos, até seu irmão, negam que exista. Em Os Esquecidos, Julianne sofre o trauma da perda do filho num acidente aéreo, mas logo todos - o marido, os vizinhos, o psicanalista - também estão tentando convencê-la de que o menino nunca existiu. "Nem sabia desse filme", conta Ruben. "Só depois que Os Esquecidos ficou pronto foi que começaram a me falar dele." Preminger, um grande realista, quebrou o próprio realismo com uma trama alucinatória em Bunny Lake Desapareceu. Joseph Ruben extrapola. À primeira parte detalhada (e centrada na mãe), segue-se, em Os Esquecidos, uma trama sobre extraterrestres que parece estapafúrdia, na qual Julianne ganha ajuda de Timothy West para investigar o que está ocorrendo. Os críticos americanos caíram matando, mas, do ponto de vista da carreira de Julianne Moore, o filme é importante porque é seu primeiro estouro de bilheteria, com mais de US$ 70 milhões só no EUA. Ela já participou de outros êxitos de público, mas neles os créditos iam sempre para outros atores. Em Os Esquecidos, é Julianne e só ela. "Não sou do tipo que carrega as angústias do set. Quando chego em casa, após um dia de trabalho, tenho de me preocupar com o banho das crianças, o jantar, em colocá-las na cama. Não tenho tempo a perder com o drama de Telly (sua personagem)", diz a atriz. Mas ela concorda que, se existe um tema em Os Esquecidos, é a vitória do instinto maternal. "É uma ligação muito forte", define. Atriz que faz sucesso no circuito de arte, com notáveis participações em filmes de Todd Haynes (Longe do Paraíso), Paul Thomas Anderson (Magnólia) e Neil Jordan (Fim de Caso), Julianne saboreia seu triunfo pessoal. "Seria hipócrita dizer que esse sucesso não me beneficia. Está cada vez mais difícil conseguir financiamento para projetos autorais no cinema americano. A bilheteria de Os Esquecidos poderá ajudar a bancar novos filmes de Todd, Paul e outros diretores com os quais me interesse trabalhar." Reclama do purismo dos críticos. "Se o filme fez todo esse dinheiro foi porque satisfez a expectativa do público". * O Repórter viajou a convite da Columbia

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