Julia Roberts no blockbuster da semana

O Sorriso de Mona Lisa é a superprodução da vez a estrear em São Paulo. Mas a semana ainda reserva o elogiado Encontros e Desencontros e o egípcio A Outra

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Por Agencia Estado
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Além do fantástico Narradores de Javé, da brasileira Elianne Caffé, estréiam na cidade esta semana mais três filmes que merecem menção. São eles Encontros e Desencontros, de Sofia Coppola, A Outra, do egípcio Youssef Chanine, e O Sorriso de Mona Lisa, blockbuster da vez com a sempre estelar Julia Roberts num papel que faz lembrar o de Robin Williams em Sociedade dos Poetas Mortos. Em O Sorriso da Mona Lisa, Julia Roberts é o chamariz, para os fãs, claro. A história é uma espécie de repeteco de Sociedade dos Poetas Mortos, mas não sem diferenças. Julia é a professora Katherine Watson, que começa a dar aulas de história da arte na famosa faculdade para mulheres Wellesley College. A reputação do lugar é de ótima academia, mas o sucesso das moças é medido pelo casamento que arrumam. A professora Katherine chega para mudar mudar tudo, e incutir na cabeça das alunas que mulheres também podem aspirar a um futuro melhor, motivo pelo qual compra briga com a direção da faculdade. Dirigido pela filha de Francis Ford Coppola, Encontros e Desencontros é um conto sobre solitários. A situação é a seguinte: dois americanos que não se conhecem estão em Tóquio por razões diferentes. Ele, Bill Murray, é um ator que vai gravar um comercial na capital japonesa. Ela, Scarlett Johansson, vai para a cidade acompanhando o marido, que está a trabalho. Os dois, solitários e com a sensação do abandono, se conhecem no hotel, e iniciam uma relação que não descamba para o romance. Evolui, sim, para uma investigação sobre o comportamento diante da diferença, as sutilezas que compõem ou confrontam nossa frágil identidade. A Outra é uma aventura para o espectador ocidental e desavisado. Trama familiar regada a música e cores. É o estilo do egípcio Youssef Chanine, muito ligado à dramaturgia popular de seu país. Neste filme, um filho da classe rica e dominante se casa com uma jornalista pobre. Há oposição da família dele ao casório. Mas o que pode haver de banal no argumento é compensado com uma visão crua sobre a corrupção que, segundo o diretor, existe no Egito. Relações espúrias aparecem aqui e ali e a qualquer momento. E revelam situações em que até mesmo as crenças religiosas perdem força e se amigam, diante da força da grana.

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