
01 de dezembro de 2012 | 10h53
Negando o pedido da atriz Cindy Lee Garcia, que recorreu à Justiça para que o popular site de vídeos online retirasse o filme de 13 minutos, um juiz da corte federal dos Estados Unidos disse que seria improvável que ela conseguisse fazer valer suas alegações de violação de direitos autorais.
O juiz norte-americano Michael Fiztgerald, de Santa Clara, Califórnia, também cancelou uma audiência para 3 de dezembro, que ele havia marcado, sobre o pedido de Cindy.
A advogada da atriz, Cris Armenta, disse à Reuters que ela planejava apelar da decisão. O processo, aberto em setembro, cita o YouTube e sua controladora, a Google Inc., como acusados, assim como o produtor do filme.
Um pedido anterior de Cindy de uma ordem de proibição temporária contra a exibição do vídeo no YouTube já havia sido rejeitado por um juiz da Suprema Corte de Los Angeles.
O caso da atriz foi o primeiro litígio civil decorrente do vídeo, rotulado como um trailer de filme que retrata o profeta Maomé como um tolo e depravado sexual.
O vídeo provocou uma avalanche de protestos antinorte-americanos no Egito, na Líbia e em dezenas de outros países muçulmanos. O surto de violência coincidiu com um ataque às instalações diplomáticas em Benghazi, em setembro, que matou quatro cidadãos dos Estados Unidos, incluindo o embaixador do país na Líbia.
Para muitos muçulmanos, qualquer representação do profeta é considerada uma blasfêmia.
O Google se recusou a retirar o filme do YouTube, apesar da pressão da Casa Branca e de outros, embora a empresa tenha bloqueado o trailer no Egito, na Líbia e em outros países muçulmanos.
(Reportagem de Steve Gorman)
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.