PUBLICIDADE

'Jogos Mortais VI' mantém violenta marca registrada

Suspense deu lugar ao requinte da crueldade na série que ganhou seis filmes em cinco anos

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Criada para ser uma alternativa a filmes como "Pânico" (1996), a franquia "Jogos Mortais", iniciada em 2004, chega a sua sexta produção mostrando que ainda tem fôlego para levar adolescentes ao cinema. O que é uma surpresa, já que o vilão - que não tem poderes paranormais - morreu de câncer no quarto filme.

 

PUBLICIDADE

Veja também:

Trailer de "Jogos Mortais 6"Para entender a intrincada história e o suposto desfecho da série dado nesta sequência é preciso voltar ao início. Tudo começa quando Jigsaw ou John (Tobin Bell, de "Mississipi em Chamas") elabora um psicótico plano para que pessoas depressivas e autodestrutivas deem valor a suas vidas. Na mente de John, as reais transformações só acontecem quando a vida das pessoas é posta à prova. Assim, ele constroi armadilhas sangrentas para suas vítimas, cuja superação é sinônimo de renascimento. Na prática, como deixa poucas opções de saída, elas acabam se matando das piores formas. Com o passar dos filmes, o espectador passa a entender a motivação de John: ele mesmo está morrendo de câncer e sente repulsa por aqueles que gozam de boa saúde, mas a desperdiçam. Com a ajuda de dois capangas - Amanda (Shawnee Smith) e o policial Hoffman (Costas Mandylor) - seleciona suas vítimas, mesmo depois de ter morrido. Nesta última produção, por exemplo, Hoffman recebe as ordens através do testamento de John. Com a ajuda de Jill (Betsy Russell), a viúva de John, ele coloca em marcha seu último plano. Diferentemente dos outros filmes, este tem a ver com vingança. William (Peter Outerbridge) é um agente de seguros de saúde privados, cuja especialidade é encontrar falhas na aplicação das apólices. Uma espécie de supervilão moderno, que nega o pagamento de tratamentos de saúde mais caros a quem precisa deles, entre eles, o próprio John. Quando lançaram, em 2004, o primeiro "Jogos Mortais" durante o Festival de Sundance, James Wan e Leigh Whannell (que saíram do projeto no quarto filme), acreditavam estar criando algo novo. Estavam certos: deram início a uma geração de filmes extremamente violentos - como "O Albergue" (2006) e "Turistas" (2006) - cujo centro não é o suspense, mas os requintes de crueldade. Por Rodrigo Zavala, do Cineweb

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.