Jessica Chastain fala sobre ‘A Hora Mais Escura'

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Por CHRISTINE KEARNEY
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Jessica Chastain carrega o peso de estrelar um dos filmes mais aguardados do ano, "A Hora Mais Escura", sobre a caçada a Osama bin Laden ao longo de 10 anos e sua morte. Os críticos afirmam que Chastain está perfeita como "Maya", personagem baseada em uma agente da CIA que desempenhou um papel importante no rastreamento de Bin Laden até seu esconderijo no Paquistão. Enquanto o filme estreia nos EUA na quarta-feira, Chastain, que é apontada como uma provável indicada para o Oscar de melhor atriz pelo papel, conversou com a Reuters sobre interpretar uma personagem que ela não podia conhecer e por que o filme é um ponto de vista importante sobre o papel dos Estados Unidos. P. O que você pensou quando viu esse filme terminado? R. Foi um filme difícil para mim de assistir, porque há muita responsabilidade em interpretar essa mulher. Acho que ela é incrível. E eu não queria mudar a história dela ou fazê-la em uma versão de Hollywood, com muita maquiagem. Eu não quis banalizar o que ela fez...Quero que ela goste, mas não sei se ela algum dia o verá. P. Como você interpretou alguém que nunca viu? R. Foram três meses de trabalho com o (roteirista) Mark Boal, fazendo pesquisa, lendo listas e conversando com pessoas. E aí qualquer coisa que não pude resolver com pesquisa, como qual era o doce favorito dela - porque quando estamos no exterior temos algo que fazemos quando sentimos saudades de casa --, tive de responder eu mesma a questão. P. Boal não deu muitos detalhes sobre ela? R. Tivemos de protegê-la porque ela é uma agente secreta da CIA, ainda na ativa. P. O que mais você sabia sobre ela? R. Quando terminamos o filme, o livro ‘No Easy Day', do Navy Seal , foi lançado. Corri para lê-lo porque eu pensava ‘Preciso saber se minha personagem está no livro!'. E eles falam sobre Jen, uma jovem da CIA. Bem, tudo batia. Ela foi a única que disse 100 por cento ‘ele está lá'. Eles falam sobre como ela ficou nisso por uma década e eles por 40 minutos. Eles afirmam que ela chorava no avião depois. P. Durante as filmagens, você chegou a ficar preocupada com relação à sua segurança e de que o filme poderia ser mal interpretado? R. Como atriz, você sempre se preocupa com isso. Porque você pensa: talvez alguém assistirá ao filme e não entenderá a diferença entre a atuação e a realidade. O bom é o que (a diretora Kathryn Bigelow) e Mark fizeram, eles não fizeram um filme de propaganda. Eles tentaram fazê-lo o mais autêntico possível e respeitoso com o evento histórico de fato. Isso inclui mostrar as técnicas de interrogação intensa utilizadas. Não é um filme que termina com uma resposta e acho isso forte.

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