Jane Fonda lança livro e volta às telas, aos 67 anos

Atriz, que se diz arrependida de ter visitado base militar norte-vietnamita na guerra do Vietnã, lança biografia e volta à telas em Monster-in-Law

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Por Agencia Estado
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Aos 67 anos, Jane Fonda acaba de fazer seu primeiro filme em 15 anos, Monster-in-Law, comédia em que faz a terrível sogra de Jennifer Lopez. A atriz se diz arrependida de ter visitado uma base militar norte-vietnamita durante a guerra do Vietnã e também acaba lançar seu primeiro livro de memórias, My Life So Far (minha vida até agora, em tradução livre). "Acho que é um livro importante", ela diz. "Não é apenas a minha história", diz Jane sobre o livro que deixa de fora suas mais públicas histórias, como sua evolução no cinema, seu radical ativismo no fim dos anos 1960 e nos 1970, suas fitas de ginástica e seu casamento com Ted Turner, fundador da CNN. Suas memórias parecem falar sobre como uma vencedora do Oscar por duas vezes, com tanto talento e sorte, poderia parecer tão perdida, sofrendo de distúrbios alimentares, sujeitando-se a implantes no seio (agora removidos) e a casamentos nos quais os desejos dos homens vieram em primeiro lugar. "Fui bem sucedida, famosa, independente financeiramente, tudo isso é verdade", diz Jane, cujos filmes incluem Barbarella, Julia e Como Eliminar Seu Chefe . Jane foi casada três vezes: com Turner, com o cineasta francês Roger Vadim, que morreu em 2000, e com o ativista Tom Hayden. Atualmente, está solteira. Jane divide momentos particulares que provavelmente gostaria de manter em segredo. Ela se lembra de bater em Turner com o telefone de um carro depois de saber que ele a havia traído, e de Hayden contar-lhe em seu 51.º aniversário que estava apaixonado por outra mulher. "Não os culpo pelo fracasso de nossos casamentos". Jane disse ter se arrependido da visita que fez a uma base militar norte-vietnamita durante a Guerra do Vietnã, em 1972, mas não se arrepende de ter se oposto à guerra. Fonda disse que o incidente - que rendeu a ela o apelido de "Hanói Jane" - foi uma "traição" aos militares americanos. A atriz foi alvo de protestos nos Estados Unidos quando visitou a base usada para derrubar aviões americanos. Ela afirmou, contudo, que não se arrepende de ter visitado o país, nem de ter feito transmissões na rádio Hanói ou de ter sido fotografada com prisioneiros de guerra americanos, embora isto tenha servido de propaganda para o inimigo dos Estados Unidos.

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