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Isao Takahata, cofundador do Studio Ghibli, morre aos 82 anos

O aclamado diretor japonês de animação, indicado ao Oscar em 2013, sofria de câncer de pulmão

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Por Redação
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TÓQUIO - O aclamado diretor japonês de animação Isao Takahata, cofundador do Studio Ghibli, ao lado de Hayao Miyazaki, e conhecido por filmes como "O Túmulo dos Vaga-lumes", faleceu aos 82 anos, segundo confirmação feita à Agência Efe pela produtora japonesa.

(ARQUIVO) O diretor de animação Isao Takahata posa para foto com o prêmio Leopardo de Honra durante o 62º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça. Foto: Martial Trezzini/EFE

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Takahata, indicado ao Oscar pelo último filme que dirigiu, "O Conto da Princesa Kaguya" (2013), morreu na quinta-feira, 05, em um hospital de Tóquio, de câncer de pulmão, segundo uma porta-voz do Ghibli.

O diretor fundou o Studio Ghibli em 1985, ao lado de Miyazaki, seu então sócio no estúdio Toei, e juntos iniciaram uma caminhada criativa aplaudida pela crítica internacional.

Um ano antes, em 1984, Takahata produziu "Nausicaa do Vale do Vento", dirigido por Miyazaki e baseada em uma mangá sobre uma jovem princesa que tenta evitar um desastre ecológico em um planeta terra pós-apocalíptico e no meio de guerras entre diferentes reinos.

Takahata alcançou o reconhecimento internacional ao dirigir "O Túmulo dos Vaga-lumes" (1988), baseada em um romance homônimo de Akiyuki Nosaka sobre dois irmãos pequenos que tentam sair de uma Kobe completamente devastada durante os últimos meses da II Guerra Mundial.

+++ 'O Conto da Princesa Kaguya' é nova animação de cultuado Studio Ghibli

Mais tarde, dirigiu filmes como "PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins" (1994), "Omohide poro poro" (1991) e "Meus Vizinhos, Os Yamadas" (1999).

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Antes de seguir para o cinema, dirigiu diversos trabalhos para televisão entre os que destaca a popular série "Heidi", onde também trabalhou com Miyazaki.

O seu último filme como produtor foi "A Tartaruga Vermelha" (2016), o primeiro do Studio Ghibli dirigido por um diretor não japonês.

Desde então, Takahata reduziu suas atividades na produtora sem chegar a anunciar sua retirada, como fez Miyazaki no final de 2013, embora o diretor tenha revelado no ano passado que voltaria a dirigir um filme de animação.

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Sua carreira foi reconhecida com, entre outros prêmios, o do Festival de Cinema Infantil de Chicago (Estados Unidos), do Festival de Cinema de Animação de Annecy (França) e a Ordem das Artes e das Letras deste país, esta última pela sua trajetória cinematográfica e pelas suas traduções ao japonês de poesia francesa.

Nascido na Província de Mie, centro do Japão, e sobrevivente dos bombardeios americanos sobre esta região quando era criança, Takahata estudou filologia e literatura francesa na Universidade de Tóquio, e iniciou a sua carreira no estúdio Toei Animation, onde dirigiu seu primeiro longa-metragem de animação, em 1968. /EFE

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