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Inspirado em Paulo Coelho, Márcio Garcia vira cineasta

Em fase de captação de recursos, o ator começa a dirigir em julho O Pacifista, filme que mistura ação e misticismo para contar a história de um policial paranormal que vira faxineiro para não se corromper

Por Agencia Estado
Atualização:

Escalado pela Rede Globo para ancorar a cobertura da terceira edição do Rock in Rio, o ator e apresentador Márcio Garcia pretende arriscar-se este ano em uma nova carreira: a de diretor de cinema. E a sua estréia deve ser no mínimo ousada - ele vai dirigir o longa-metragem O Pacifista, de sua própria autoria. O roteiro do filme, escrito há um ano e meio, foi apresentado à produtora ARC - a mesma que produziu O Que É Isso Companheiro?, de Bruno Barreto, e O Quatrilho, de Fábio Barreto - e está em fase de captação de recursos. As filmagens, segundo Garcia, devem começar em julho. Nos intervalos de seu trabalho como âncora da Globo na cobertura do Rock in Rio, o candidato a cineasta deu a seguinte entrevista à Agência Estado: Agência Estado - Como surgiu a idéia de escrever um roteiro para o cinema? Márcio Garcia - Na verdade eu fui perseguido por uma história. Um dia tive uma idéia; aí fiquei quase três anos só pensando nela, sem coragem para escrever. Quando resolvi tentar, levei só 48 horas para terminar o roteiro. Que história é essa? O Pacifista mostra um policial honesto que decide mudar de profissão porque não quer se corromper. Muitos de seus colegas são corruptos. Ele começa a trabalhar como faxineiro, descobre que tem poderes paranormais e resolve ser um justiceiro do bem, combatendo o crime sem pegar em armas. É um herói politicamente correto. A intenção é que ele seja um bom exemplo para as crianças e adolescentes, que costumam se identificar com os heróis. O problema é que os heróis geralmente matam, né? Então trata-se de um filme de ação? Sim. Eu me inspirei no cinema americano e nos livros do Paulo Coelho - o filme tem uma coisa meio mística. No Brasil já temos condições de fazer cinema de ação com qualidade, mas quase não se explora esse gênero. Fazer filmes que valorizam a cultura local é legal, mas acho que já está na hora de dar uma diversificada. Você não acha arriscado começar a dirigir com um longa-metragem? Não seria melhor dirigir um curta antes? Eu não ia dirigir, mas o Adair Roberto Carneiro, o produtor do filme, disse que meu roteiro foi escrito tão bem decupado, com boas sugestões de cortes e de enquadramento, que eu deveria tentar. Acho que se eu me cercar de uma boa equipe, de profissionais competentes, não terei problemas.

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