Indicação de "Paradise Now" continua a gerar polêmica

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Por Agencia Estado
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A indicação de "Paradise Now" ao Oscar, filme que retrata a história de dois amigos palestinos que são convocados a serem homens-bomba num atentado em Tel Aviv, tem provocado protestos em Jerusalém. O Projeto de Israel, organização independente que busca defender a imagem do país no mundo, já reuniu assinaturas de 32 mil pessoas que exigem a exclusão do filme da lista de indicados ao Oscar. O rótulo provocou o protesto de judeus em Israel e nos Estados Unidos que são contra, também, a indicação de um filme que humaniza os homens-bomba palestinos. Os protagonistas são dois palestinos, Said e Khaled, que são recrutados por uma facção armada palestina para um atentado suicida em Tel Aviv e a história se passa nas últimas 24 horas de suas vidas, nas quais se preparam para o ataque e se despedem de sua família e amigos. Prêmios "Paradise Now" já ganhou vários prêmios, entre eles, o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro, o Anjo Azul do Festival de Cinema de Berlim, e outro da Anistia Internacional. Para o grupo isralense, no entanto, a nomeação do filme representa a glorificação dos suicidas palestinos que mataram centenas de israelenses durante os últimos cinco anos e meio de conflitos. As principais redes de cinemas israelenses se negaram a exibir o filme, com o argumento de que um filme que apresenta um olhar compreensivo sobre os suicidas palestinos não renderia bilheteria. Munique Os israelenses também decidiram protagonizar uma campanha de protestos contra outro filme indicado ao Oscar, "Munique", do judeu Steven Spielberg. A filmagem retrata a busca e o assassinato pelos serviços secretos de Israel de palestinos que seqüestraram a equipe israelense nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. A ação acabou com a morte de onze atletas.

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