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'Indiana Jones' afasta Harrison Ford de campanha por florestas

Por MICHELLE NICHOLS
Atualização:

O arqueólogo aventureiro Indiana Jones corre para salvar tesouros raros em suas aventuras na tela grande, mas as exigências que Hollywood impõe ao ator Harrison Ford o impediram de participar de uma campanha para salvar as florestas tropicais do mundo, na terça-feira. A presença do ator estava prevista numa coletiva de imprensa em Nova York ao lado do presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, para lançar "Lost There, Felt Here", uma campanha da organização Conservation International. Ford estava ocupado promovendo seu novo filme antes da exibição com tapete vermelho de "Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal" em Nova York na terça-feira, disse Peter Seligmann, executivo-chefe da Conservation International. "Ele não estará aqui porque acaba de lançar um filme em Cannes, e a Paramount, que tem o controle disso, está fazendo com que ele trabalhe muito neste momento", disse Seligman. Harrison Ford fez um anúncio para a campanha da Conservation International em que ele tem seu peito depilado com cera quente, para mostrar que a derrubada das florestas tropicais fere pessoas em todo o mundo. "Quando as florestas são derrubadas e queimadas, toneladas de carbono são liberadas no ar que respiramos. Isso muda o clima do mundo, isso machuca", diz ele no anúncio. "Cada pedaço de floresta que é arrancado lá fere a nós, aqui." A Conservation International diz que a queima das florestas tropicais é responsável por pelo menos 20 por cento dos gases estufa globais -- mais que todos os automóveis, caminhões e aviões do mundo. O pequeno país sul-americano da Guiana ainda conserva até 80 por cento de sua floresta amazônica original. Na terça-feira, o presidente Jagdeo ofereceu colocar a floresta sob supervisão internacional se, em troca, seu país for pago pelo dióxido de carbono que é armazenado nas árvores e na biomassa. "Sinto que Harrison Ford não esteja aqui, mas pretendo tirar plena vantagem da presença de vocês", brincou ele. "As políticas de combate às mudanças climáticas podem levar europeus e norte-americanos a terem que pagar mais por um SUV (veículo utilitário esportivo), mas em países pobres da Ásia, África e América Latina as mudanças climáticas são literalmente uma questão de vida ou morte", disse Jagdeo. "Precisamos fazer com que nossas árvores valham mais em pé do que derrubadas."

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