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Hollywood se prepara para enfrentar ameaça de greve dos atores

Por STEVE GORMAN
Atualização:

O epílogo final da tumultuada greve dos roteiristas já foi escrito, mas agora Hollywood se prepara para enfrentar uma possível sequência dela -- desta vez estrelada por atores de cinema e televisão. Enquanto a televisão se apressa a colocar seus seriados no ar novamente desde que os roteiristas voltaram ao trabalho, três semanas atrás, a ameaça de greve dos atores nos próximos meses está deixando os estúdios de cinema em situação difícil. Os cineastas relutam em dar início a qualquer produção que não possa ser finalizada antes do término do atual contrato coletivo do Sindicato dos Atores de Cinema e Televisão, em 30 de junho. A data já está sendo vista como o prazo final para o possível anúncio de uma greve da categoria. Supondo o tempo típico de 60 dias para filmagens, mais alguns dias a mais para incluir folgas, possíveis atrasos e refilmagens que possam ser necessárias, isso significa que poucos filmes de grandes estúdios devem começar a ser rodados após o final deste mês, dizem especialistas, ou possivelmente nenhum. "A maioria dos estúdios não está dando sinal verde a filmes cuja produção teria que se estender para além de 30 de junho", disse uma fonte bem informada de uma grande agência de talentos, que não estava autorizada a falar publicamente de questões ligadas aos clientes da agência. O receio de problemas trabalhistas levou a maior seguradora de Hollywood, a Fireman's Fund Insurance Company, a oferecer, pela primeira vez, uma apólice para estúdios que abrange o risco de "custos de greve". A apólice cobre os custos da paralisação de uma produção por motivos relacionados a greves, para o caso de uma doença de um ator, danos a equipamentos ou outros imprevistos levarem o cronograma de filmagens a se estender para além de 30 de junho.

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