História dos Titãs vai parar na tela do cinema

Os 22 anos da banda serão contados em documentário dirigido por Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves

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Por Agencia Estado
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A história da banda Titãs vai ganhar as telas de cinema. Os 22 anos do grupo vão virar um longa-metragem dirigido pelo violonista Branco Mello e pelo diretor de seus últimos clips, Oscar Rodrigues Alves. O material foi captado desde 1986, quando eles lançaram Cabeça Dinossauro, disco antológico que vendeu 300 mil cópias, estourou várias faixas, como Família e Polícia, e os transformou em astros do rock Brasil. "Comprei uma câmera para registrar o que acontecia conosco", conta Melo. "Hoje, temos 200 horas gravadas e daí deve sair o filme." Por enquanto, ele e Alves revêem e digitalizam as imagens e separam o que merece entrar no filme, que terá cerca de cem minutos e deve estrear no fim de 2005. Eles têm uma história de sucesso artístico e comercial, pois acumularam hits e recordes (como o Acústico, que vendeu 1,7 milhão de discos) nestas duas décadas. Uma história que teve também crises e conta a transformação de adolescentes em homens maduros. "Não vamos deixar nada fora. Os bons momentos, como o show do primeiro Hollywood Rock, em 1988, quando lançamos Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas estarão lá, assim como as crises, como a prisão de Arnaldo Antunes e Toni Belotto por porte de drogas, em 1985, e a morte de Marcelo Fromer, em 2001, nosso momento mais difícil", diz Branco. Alves é diretor premiado de clipes e comerciais (o mais recente, ainda no ar, é o da Tim, com sósias do craque Ronaldo), mas estréia no cinema. Branco o chamou por causa da sua intimidade com a música dos Titãs e para ter um olhar alheio na finalização do filme. Na sua concepção, a narrativa não será cronológica, mas será recheada por clipes e apresentações do grupo na televisão. "Farei um copião com o dobro do tempo mostrarei aos cinco Titãs que decidirão o que fica", adianta Alves. É um registro único, organizado há 15 anos pela mulher de Branco, a atriz e produtora Ângela Figueiredo. Ela administra a produção do filme, com um orçamento de R$ 2 milhões aprovado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). "Estamos em contato com distribuidoras para um grande lançamento", conta Branco. "Documentários têm bom público, mas não sei qual será o do nosso. Se 10% das pessoas que vão aos shows dos Titãs for ao cinema, teremos uma grande bilheteria."

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