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Hilary Swank vive na tela jovem astronauta

A atriz que ganhou um Oscar por Meninos Não Choram conta sobre a experiência de filmar a ficção científica O Núcleo - Missão ao Centro da Terra, que estréia nesta sexta-feira

Por Agencia Estado
Atualização:

Hilary Swank, ganhadora do Oscar por Meninos Não Choram, de 1999, está de volta às telas no thriller de ficção científica/filme-catástrofe O Núcleo - Missão ao Centro da Terra, que estréia nesta sexta-feira nos cinemas brasileiros. Ela faz o papel da mais jovem astronauta contratada pela Nasa, que acaba envolvida em uma missão para tentar salvar o planeta. Embora o filme tenha recebido críticas negativas quando estreou nos Estados Unidos, no último fim de semana, acabou tendo um faturamento de US$ 12 milhões, considerado bom para um mercado afetado pela guerra no Iraque. A fita também enfrenta a concorrência pesada de duas comédias bem-sucedidas, Bringing Down the House, com Queen Latifah e Steven Martin, e Head of State, com Chris Rock. Em O Núcleo, o centro da Terra pára de girar, causando uma série de catátrofes internacionais (para quem está preocupado com explicações científicas: a ausência do campo eletromagnético gerado pela rotação do núcleo deixaria o planeta vulnerável à ação dos raios solares). Um grupo de especialistas é convocado para seguir até o centro da Terra em uma cápsula especial para tentar consertar o problema. Swank, que nunca foi fã de filmes de ficção científica, diz que se interessou pelo projeto por ele ser diferente: "O Núcleo tem efeitos especiais e ficção, mas também trás uma ótima história envolvendo pessoas de verdade", disse a atriz em entrevista exclusiva à Planet Pop. "E também gostei muito da minha personagem, Rebecca Childs: ela é inteligente, dedicada e muito bem-sucedida em um universo masculino." Uma curiosidade é que Swank sonhava em ser uma astronauta antes de querer virar atriz. "Era uma vontade tão séria quanto poderia ser para uma criança de 6 anos!", diz ela. "Mas até hoje eu adoraria ir para o espaço." Trabalhar em O Núcleo teve suas vantagens: os atores tiveram a ajuda de consultores, incluindo uma astronauta chamada Susan Helms. "Ela tem uma experiência muito similar à da minha personagem: começou na aeronáutica e destacou-se tanto que foi chamada pela Nasa para virar astronauta. Foi um contato ótimo." Swank divide a tela com um variado elenco, que inclui Aaaron Eckhart (de Na Companhia dos Homens), Stanley Tucci (de Estrada Para Perdição) e Delroy Lindo (de O Advogado do Diabo). A direção é de John Amiel, de Armadilha. Além de uma série de efeitos especiais (em que a Golden Gate de São Francisco e o Coliseu de Roma são destruídos), boa parte da trama de O Núcleo é passada dentro da nave projetada para a missão - um cenário que foi construído em tamanho real e impressionou os atores. "Foi incrível ver um set tão grande e a experiência de estar ali foi mais difícil do que eu tinha imaginado", diz a atriz. "E também foi interessante ter de reagir às coisas que não estavam ali, porque ainda não havia os efeitos especiais. O diretor me falava: ´agora você está vendo um cristal do tamanho do Empire State!´. Era como voltar para o curso de atuação!" A imprensa americana tentou causar um pouco de polêmica por conta do início do filme, que mostra o pouso forçado de um ônibus espacial. Com a explosão da Columbia apenas poucas semanas antes e o atual clima de correção política americano, o estúdio teria cogitado o corte das cenas, o que acabou não virando realidade. "Quando a tragédia aconteceu, fiquei muito triste pelas famílias, mas, no filme, a única similaridade é que eu sou uma astronauta e estou no ônibus espacial por cinco minutos", explica ela. "Mas a nave não cai e ninguém morre, nós até salvamos vidas."

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