'Hellboy II' retoma visual elaborado e humor ácido

Personagem dos quadrinhos volta às mãos do diretor mexicano Guillermo Del Toro, de 'O Labirinto do Fauno'

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Por Redação
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O diretor mexicano Guillermo Del Toro tem certo carinho por criaturas estranhas. Em seus filmes, tipos bizarros são vistos como normais. Essa predileção pelo esquisito já lhe rendeu bons frutos - em especial o premiado O Labirinto do Fauno (2006).   Veja também:   Trailer de 'Hellboy II - O Exército Dourado'  Com Hellboy II - O Exército Dourado, o diretor revisita um de seus maiores sucessos, Hellboy, baseado em personagem de história em quadrinhos de Mike Mignola, que, ao lado do diretor, assina o roteiro. O filme estréia em todo país nessa sexta-feira.     Essa atenção especial que o diretor tem pelos personagens do filme - em especial o estranho protagonista - fica evidente pela forma como ele aborda essas figuras na tela. Como apresentado no filme de 2004, Hellboy (novamente interpretado por Ron Perlman), é um demônio trazido ao mundo por uma experiência nazista. Se, do lado de fora, a aparência de Hellboy é assustadora, por dentro bate um coração caridoso - que gosta de doces, gatinhos e bebês - e não mede esforços para defender as pessoas de bem. Agora, ele terá de cuidar do próprio filho, pois sua namorada, Liz Sherman (Selma Blair, de Tudo Para Ficar com Ele), está grávida - mas mantém isso em segredo. O casal faz parte da Agência de Pesquisa e Defesa Paranormais, órgão secreto do governo, supervisionado por Tom Manning (Jeffrey Tambor, de A Filha do Chefe), que insiste para que Hellboy não chame muito a atenção enquanto estiver protegendo o mundo - o que é difícil pois uma criatura de pele vermelha e gigantesca não consegue passar despercebida. Porém, quando um certo Príncipe Nuada (Luke Grossm de Blade II) emerge das profundezas do submundo para retomar o lugar de seu povo - mais criaturas estranhas - o caos se instaura na Terra. No entanto, sua irmã gêmea, Princesa Nuala (Anna Walton), fica ao lado dos humanos na batalha contra o mal. Seguindo bem o seu gosto, Del Toro combina mitologias, crenças cristãs e o gótico nesse filme, cujo visual elaboradamente rococó é um dos pontos altos. O diretor sempre teve uma atenção especial com os detalhes. O carisma de Perlman, intérprete do protagonista, aliado ao humor ácido do roteiro e boas cenas de ação, garantem um ritmo ágil, mas aquela velocidade frenética como nos filmes baseados em videogames. O próximo trabalho de Del Toro deverá ser uma adaptação de O Hobbit, livro de J. R. R. Tolkien anterior à saga de O Senhor dos Anéis, com produção assinada por Peter Jackson (que dirigiu a premiada trilogia). Fãs do diretor e dos personagens no mundo todo já aguardam ansiosos o que a mente criativa do mexicano prepara para a pequena criatura de pés peludos. (Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

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