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Heather Graham, sexy e resolvida

A atriz que causa furor com cenas eróticas em filmes como Boogie Nights - Prazer Sem Limites se diz tranqüila com a série de cenas de sexo que é chamada a interpretar

Por Agencia Estado
Atualização:

Heather Graham não dá ouvidos aos que consideram sua postura nas telas ?excessivamente sexual". ?Que culpa eu tenho por só me interessar por personagem sexy???, pergunta a atriz de 32 anos, mais conhecida pela performance como a estrela pornô que ia para a cama de patins em Boogie Nights ? Prazer sem Limites. A loira de olhos azuis e medidas de top model ainda interpretou uma prostituta em Do Inferno, virou a cabeça de Mike Myers em Austin Powers ? O Agente Bond Cama e protagonizou cena censurada de Uma Paixão para Duas, em que Robert Downey Jr. lambia o seu bumbum. ?Corro esse risco por me sentir à vontade com a minha sexualidade??, afirma a atriz, responsável por mais cenas ousadas no thriller erótico Mata-me de Prazer, que estréia hoje. Na produção dirigida pelo chinês Chen Kaige (de Adeus Minha Concubina), Heather vive uma louca paixão, ?daquelas que se tornam perigosas". Alice, sua personagem, é uma jovem americana que se apaixona perdidamente por um inglês desconhecido (interpretado por Joseph Fiennes, de Shakespeare Apaixonado). Sem imaginar o destino trágico das ex-namoradas do amado. ?Também acredito em amor à primeira vista??, conta a atriz, comparando-se à protagonista feminina do filme. Famosa por iniciar romances nos sets de filmagem, Heather já namorou os atores Heath Ledger, James Woods e Edward Burns. ?O único inconveniente de sair com homens do showbiz é que o relacionamento chama mais a atenção da mídia, tornando-o mais complicado. Mais do que qualquer namoro já é.?? Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida à Agência Estado, no hotel Four Seasons, de Beverly Hills. Agência Estado - Não se sente limitada ao papel da mulher sexy no cinema? Heather Graham - Não. Você pode dizer o mesmo de qualquer astro de cinema bonitão. Quem escala Mel Gibson, por exemplo, sempre leva em conta o fato de o ator ser intensamente desejado pelas mulheres. Não consigo pensar em ninguém atraente que não se aproveite disso em Hollywood. Não é crime. Foi o aspecto erótico que a atraiu em Mata-me de Prazer? O que mais mexeu comigo foi a louca paixão entre os protagonistas, o que leva a minha personagem à paranóia. Apesar de tratar de relacionamentos amorosos, paixão, confiança e luxúria, o filme é menos pesado que o livro (escrito por Nicci French), que acaba enveredando pelo sadomasoquismo. Chen Kaige soube contar essa história de amor visceral de forma mais psicológica e menos sensacionalista. Sente-se à vontade na hora de rodar as cenas mais ousadas? Sim. Eu sempre procuro relaxar no set, meditando ou fazendo ioga nos intervalos das filmagens. Diferentemente do que o público imagina, esses momentos são muito pouco românticos. Em Do Inferno, por exemplo, Johnny Depp sempre cortava o clima, fazendo uma gracinha. Não sei se deveria revelar isso, mas Johnny costumava soltar um pum depois das cenas de beijo, fazendo todo o pessoal do set cair na gargalhada (risos). Você disse certa vez que já teve uma queda por Johnny Depp... Eu era totalmente caída por ele, quando Johnny atuava na série 21 Jump Street. Acabei revelando isso quando trabalhamos juntos. Depois de rir da minha cara, ele me contou histórias hilárias daquela época. De tão entediado que ele ficava no set, Johnny costumava sabotar a própria série. Ele odiava tudo aquilo. No inédito O Guru do Sexo, você interpreta uma atriz de filme pornô. Vê como uma coincidência ou um desdobramento da personagem Rollergirl, de Boogie Nights? Os filmes são completamente diferentes. O Guru do Sexo é uma comédia, o que me intimida muito mais. Sempre tive medo da obrigação de fazer o público rir. O filme conta a história de um dançarino indiano que emigra para os EUA, pensando em se tornar um astro de cinema. Como não consegue emprego, ele se passa por um guro do sexo, roubando todas as coisas divertidas que a minha personagem diz sobre o assunto. Apesar do sucesso de Fecility Shagwell, sua personagem não voltou à terceira aventura de Austin Powers nas telas. Por quê? O estúdio preferiu recrutar uma atriz afro-americana (Beyoncè Knowles) para fazer par romântico com Mike Myers. Eu teria uma participação especial, que acabou não acontecendo. Como você lida com os filmes mal-acolhidos, como Diga Que Não É Verdade. Leva para o lado pessoal ou culpa o marketing? Isso acontece até com os atores mais fantásticos. É impossível estrelar uma produção brilhante atrás da outra. Às vezes o filme toma um rumo diferente na direção ou edição. E você não pode se culpar, se o resultado não é como você imaginou. O que me consola é que o público tende a se lembrar apenas do que foi bom. O que não causa boa impressão é inevitavelmente esquecido. Daqui a 20 anos, isso se eu conseguir manter uma longevidade no cinema, como Katherine Hepburn e Shirley MacLaine, ninguém vai se lembrar das bobagens que fiz. De qual bobagem você gostaria de se esquecer? De uma cena que rodei na banheira no início de carreira. Só fiz o filme para ajudar um amigo, que era o diretor. Se soubesse que um dia ficaria famosa, não teria concordado. Olhando para trás, como avalia a experiência em Drugstore Cowboy, aos 19 anos? Foi o primeiro filme importante da minha carreira. Por outro lado, como eu era muito jovem e insegura, deixei que tirassem vantagem de mim. Passei os quatro anos seguintes fazendo terapia (risos).

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