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Governo libanês afirma que último filme de Spielberg distorce Beirute

'The Post - A Guerra Secreta' conta com Tom Hanks, Meryl Streep e Sarah Paulso no elenco

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Por Redação
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BEIRUTE - O ministro de Cultura libanês, Gattas Jury, criticou nesta segunda-feira, 15, o filme The Post - A Guerra Secreta, o último longa-metragem do diretor norte-americano Steven Spielberg, cuja estreia está prevista para esta sexta-feira no Líbano. Ele assegurou que o longa mostra uma imagem distorcida de Beirute.

Meryl Streep e Tom Hanks com Steven Spielberg,nas filmagens de 'The Post' Foto: Niko Tavernise/20th Century Fox/ AP

+++ Feminismo e liberdade de imprensa se juntam em 'The Post - A Guerra Secreta' "É uma prática comum que quando um escritor ou diretor apresente um trabalho se documente sobre o lugar, a data e a situação. No entanto, o diretor Spielberg nos surpreendeu ao descartar esses fatos e oferecer uma imagem injusta e distorcida da grande cidade de Beirute", declarou o ministro.+++ Spielberg diz que novo filme 'The Post' é voltado a pessoas 'famintas pela verdade' Segundo a imprensa local, a comissão encarregada de censurar filmes, livros e obras de teatro do Líbano recomendou a proibição da projeção do filme, mas a decisão final sobre sua exibição depende do Ministério do Interior, que ainda não se pronunciou. Gattas Jury destacou que Beirute já foi considerada a "Suíça do Mashrek" (Oriente, em árabe), berço do alfabeto e capital da cultura.+++ Meryl Streep e Tom Hanks estão no trailer de 'The Post', novo filme de Spielberg "A bela imagem de Beirute está gravada na história e todas as tentativas para desacreditá-la serão inúteis. É óbvio que o filme foi produzido com a intenção de prejudicar Beirute e sua gente", acrescentou. Segundo o ministro, para os libaneses é "importante que se comente que Beirute segue sendo a pérola de Oriente com sua avançada plataforma cultural. Deploramos e condenamos esse filme, que não tem credibilidade e que foi realizado sem nenhuma metodologia científica nem histórica".The Post, protagonizado por Tom Hanks, Meryl Streep e Sarah Paulson, mostra o trabalho de jornalistas do jornal The Washington Post e The New York Times que revelaram em 1971 uma série de documentos secretos do Pentágono sobre a guerra do Vietnã. Em junho do ano passado, o Líbano proibiu a exibição do filme Mulher-Maravilha devido ao fato de ser protagonizado pela atriz israelense Gal Gadot.  

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