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George Clooney encanta Festival de Toronto no papel de pai

Por CHRISTINE KEARNEY
Atualização:

Embora diga que ser ator é apenas um "trabalho durante o dia", George Clooney está conquistando crítica e público no Festival de Toronto com a sua sutil atuação como um pai de família obrigado a repensar a vida após sua mulher sofrer um grave acidente. Clooney protagoniza "The Descendants", novo longa de Alexander Payne, que leva para o cenário do Havaí a mistura de humor e drama que havia caracterizado o seu premiado "Sideways - Entre Umas e Outras". "The Descendants" é uma das grandes atrações do Festival Internacional de Cinema de Toronto. Clooney passou pelo tapete vermelho na noite de sábado jogando charme e fazendo seus típicos comentários autodepreciativos. Para uma plateia lotada, ele disse, brincando, que interpretar um pai de família era algo natural para um célebre solteirão sem filhos como ele. "(O personagem) parece um ótimo pai de família, parecia perfeito para mim", afirmou ele, provocando risos. Em "The Descendants" Clooney é um bem-sucedido advogado do setor imobiliário que enfrenta uma tragédia e redescobre o afeto das duas filhas ao encarar seu passado, suas deficiências como pai e um futuro diferente. Trata-se de uma adaptação do romance homônimo de Kaui Hart Hemmings, lançado em 2007. Depois de ser muito elogiado por seu trabalho como ator e diretor em "Tudo pelo Poder", que estreou recentemente no Festival de Veneza e também agradou em Toronto, Clooney voltou a ser aclamado por "The Descendants". A crítica chamou a atenção para a sua atuação contida, e também para a capacidade de Payne para alterar de forma rápida e sutil o tom das situações. "Nunca o pendor dele (Payne) por misturar climas e modular emoções sutis esteve tão evidente", escreveu a Hollywood Reporter. Clooney concordou, dizendo que "existe a sensação de que ele é capaz de virar as coisas do engraçado para o triste realmente com rapidez, e ele é simplesmente um mestre nisso". O ator disse a jornalistas que se sentiu mais desafiado do que habitualmente pelo papel. "Neste você fica numa zona muito desconfortável, com gente muito confortável, mas é um lugar complicado de atuar. Obviamente é um papel muito mais difícil", afirmou ele, ressalvando que o desafio não é tanto interpretar um pai de família sem ser um. "Você não precisa se injetar heroína para interpretar um viciado em heroína."

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