Friedkin recupera boa forma com "Regras do Jogo"

Depois de sucessivos fracassos, diretor de Operação França e O Exorcista emplaca novo sucesso, estrelado por Samuel L. Jackson e Tommy Lee Jones

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Estréia nesta quinta Regras do Jogo. Depois da boa recepção nos EUA, onde já arrecadou mais de US$ 60 milhões, o filme é lançado no Brasil com 155 cópias. Samuel L. Jackson e Tommy Lee Jones mostram mais uma vez uma competente atuação, dirigidos por William Friedkin, que finalmente consegue emplacar um novo um sucesso: depois do Oscar em 1971 por Operação França e do sucesso de O Exorcista em 1973, o diretor vinha amargando sucessivos fracassos. Regras do Jogo mistura elementos que costumam agradar ao público. No início, as cenas de guerra e ação prendem o espectador na cadeira. Depois, a história concentra-se no julgamento que vai decidir o destino dos dois personagens principais. Samuel L. Jackson interpreta Childers, um militar que é destacado para comandar a ação de resgate do embaixador dos EUA no Iêmen. A embaixada está rodeada por manifestantes exaltados que bradam contra os americanos. O embaixador e sua família são retirados a tempo com segurança. Mas três fuzileiros americanos são atingidos mortalmente. Childers ordena então que seus homens atirem contra os manifestantes. No final do ataque, vários árabes acabam morrendo. O acontecimento causa um grave incidente internacional já que havia várias crianças e idosos entre as vítimas. Apesar de ser um oficial condecorado e bastante experiente, Childers é colocado no banco dos réus, acusado de um assassinato coletivo. O alto comando da Secretaria de Defesa decide que Childers será usado como "bode expiatório", já que seria estrategicamente ruim para os EUA assumir a culpa pelas mortes. A condenação de Childers é dada como certa, mesmo antes do julgamento começar. Mas ele não aceita desistir facilmente e chama para defendê-lo um velho companheiro de exército, o coronel Hays Hodges (Tommy Lee Jones). Hodges admite que não é bom o suficiente para ajudar. Mas como Childers salvou sua vida no Vietnã, o coronel sente-se na obrigação moral de defender o amigo, mesmo sabendo que o caso pode manchar sua reputação também. A partir de então, defesa e acusação mostram suas provas bastante consistentes ao tribunal militar, e o desfecho é imprevisível.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.