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Frears: "seria fantástico" fazer um filme sobre Fidel Castro

Diretor de A Rainha, sobre a família real britânica, fala a estudantes cubanos

Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor britânico Stephen Frears, que visita Havana, declarou nesta quinta-feira que "seria fantástico" fazer um filme sobre o líder cubano Fidel Castro, apesar de não ter planos de realizá-lo no momento. O filme mais recente dirigido por Frears foi A Rainha, que investiga como a família real lidou com a morte da princesa Diana. A produção ainda não entrou em cartaz no Brasil. Frears falou durante um encontro com estudantes na Escola Internacional de Cinema de San Antonio de los Baños, próxima a Havana, que "nunca me ocorreu e ninguém nunca me apresentou um roteiro sobre o tema". "Fidel e a Rainha Elizabeth da Inglaterra, os dois mais velhos líderes do mundo, seria estupendo", acrescentou o diretor do filme A Rainha, seu último trabalho, que será exibido nesta quinta no teatro Karl Marx de Havana. Castro, de 80 anos, convalesce de uma doença que é considerada "segredo de Estado" que o obrigou a deixar o poder nas mãos de seu irmão mais novo, Raúl, em 31 de julho. O ator britânico Ralph Fiennes assistiu ao encontro de Frears com os estudantes. Eles nunca trabalharam juntos, mas aproveitaram a ocasião para discutir detalhes de A Rainha. Frears explicou que os detalhes do filme e da realidade são "pura coincidência", por que fizeram uma investigação profunda sobre a intimidade dos personagens e não se filmou em lugares onde ocorreram os fatos. "Tudo no filme está mal, mas nós escolhemos assim", comentou Frears. Reconheceu que para abordar um tema tão complexo como a monarquia britânica e a figura de Elizabeth II, teve que manter distância e montar uma equipe de profissionais estrangeiros que lhe ofereceram perspectivas distintas. O resultado foi um sucesso, mas "quando meus filmes funcionam é devido ao talento dos roteiristas e dos atores", disse. Comentou o estilo de produções milionárias de Hollywood, lamentando a falta de cinema de qualidade, de compromisso, atribuindo a situação ao fato de que "pouca gente pensa".

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